A Iniciativa Liberal (IL) candidata-se nas eleições autárquicas a 88 Câmaras Municipais, 29 das quais em coligação, e prevê uma campanha centrada no litoral, que termina no norte do país, onde faz uma aposta mais forte.
A líder do partido, Mariana Leitão, assinala o início da campanha no domingo, ainda em período não oficial, no Estoril (Cascais), com um Encontro Nacional Autárquicas 2025, que irá contar com a presença dos candidatos da IL e de alguns cabeças-de-lista das principais coligações, como Cristóvão Norte (Faro), Marco Almeida (Sintra) ou Emídio Guerreiro (Gondomar).
Depois, a caravana liberal irá para a estrada, com “duas a três ações por dia” e passagens por Castelo Branco, Leiria, Lisboa, Évora, Faro, Setúbal, Coimbra, Aveiro, Viseu, Braga e Porto, onde irá terminar a campanha, a 10 de outubro, segundo o partido.
Antes do início oficial da campanha, que legalmente é na terça-feira, Mariana Leitão estará presente na Maia, distrito do Porto, que terá como candidato liberal António Fonseca, antigo presidente da Junta de Vermoim.
Em todo o país, a Iniciativa Liberal apresenta candidaturas a 90 Assembleias Municipais (29 em coligação) e a 558 Assembleias de Freguesia (368 em coligação).
No domingo, o encontro do Estoril “irá debater e apresentar uma nova forma de governação local: transparente, profissional, eficiente e centrada no cidadão”, refere a IL em comunicado, salientando que o objetivo é atrair para as autarquias “talento, empresas e projetos”, que “simplifiquem, que resolvam e que respeitem quem paga, os contribuintes”.
Esse será também o tema das ações de rua, comícios e iniciativas junto das populações, com foco nas “ideias e nas propostas que podem trazer prosperidade para os portugueses: crescimento económico, acesso à saúde, habitação e modernização do Estado”.
“Porque ganhar poder local com liberdade e competência é a melhor forma de começar a mudar Portugal de baixo para cima”, refere a IL.
Em agosto, o coordenador autárquico do partido, o deputado Miguel Rangel, salientou que a IL candidata-se a quase o dobro de câmaras a que concorreu em 2021, cobrindo autarquias que correspondem a 72% da população nacional, uma subida em relação aos 52% de 2021.
Nos quatro maiores municípios do país, a IL (Lisboa, Sintra, Vila Nova de Gaia e Porto) concorre em conjunto com PSD e CDS, parceiros preferenciais na quase totalidade das coligações autárquicas.
A maior aposta, em listas próprias, é Braga, onde concorre o ex-líder Rui Rocha, num momento em que o atual autarca, o social-democrata Ricardo Rio, não se pode recandidatar por atingir o limite de três mandatos.
À Lusa, Miguel Rangel referiu que o objetivo da IL nestas eleições é conseguir ter “um crescimento significativo do número de autarcas, principalmente nas vereações”, incluindo através de candidaturas próprias, e garantir que o partido integra executivos camarários.
Os liberais consideram, contudo, “muito difícil” vir a conquistar uma presidência de Câmara, como indicou à agência Lusa a nova líder da IL, Mariana Leitão, antes de ser eleita na Convenção Nacional do partido, em 19 de julho.
Na sua moção estratégica, Mariana Leitão defendia que, “mais do que aumentar o número de eleitos”, a IL devia “criar laboratórios de governação liberal”, que se tornem um exemplo nacional do que o partido defende.