Natural de Vila Real de Santo António, o gestor e atualmente diretor hoteleiro de 57 anos reside em Faro, onde espera poder colocar o Chega como força política mais votada, devolvendo à cidade o estatuto de capital e promovendo a atração de investimento, disse o próprio à agência Lusa.
“Não se concorre em vão. Candidato-me para ganhar, sendo que aceitarei o que a população ditar nas mesas de voto. Estou seguro de que constituirei uma equipa de trabalho válida com o resultado das eleições. Sou uma pessoa de consensos”, afirmou o candidato do Chega, na estreia do partido em eleições autárquicas.
Com formação académica em Gestão pela Universidade do Algarve, falta-lhe concluir uma tese final para o mestrado em Direção Hoteleira. Assume querer colocar Faro a “afirmar-se como a capital do Algarve”, beneficiando dos seus “conhecimentos e experiência para trazer qualidade de vida”, assim como “atrair e alavancar o investimento privado”.
“Enquanto profissional, comecei o meu percurso no setor da restauração, como empregado de balcão em restaurantes de Vila Real de Santo António e Monte Gordo, experimentei depois a hotelaria enquanto funcionário do Hotel Apolo, desempenhando funções de grumete e rececionista, igualmente em Vila Real de Santo António”, contou.
Após concluir o serviço militar como paraquedista, Custódio Guerreiro desempenhou funções de técnico oficial eletricista, trabalhou como técnico de ‘hardware’, exerceu “durante cerca de 22 anos” cargos de direção em discotecas algarvias, mas acabou por regressar à hotelaria e restauração, onde se sente “mais realizado”.
Estabelecido na atualidade como “empresário de restauração e alojamento local, que compreende a propriedade e gestão de um restaurante e três alojamentos locais”, Custódio Guerreiro aposta agora na candidatura à Câmara para “construir um futuro” e fazer de Faro “uma cidade próspera e mais próxima dos munícipes, na qual seja agradável viver, trabalhar, criar uma família”.
O candidato classificou como “muito positivo” o retorno que tem tido dos eleitores de Faro, onde os votantes do concelho “estão recetivos à mudança” e “procuram um executivo que trabalhe em prol da construção de um futuro promissor para a sua cidade”, sublinhou.
“Combaterei os lóbis e interesses instalados, privilegiando a integridade e a transparência. A corrupção e o clientelismo serão também alvos da minha especial atenção. Os cargos públicos têm de ser ocupados por profissionais selecionados por critérios de competência, pois são pagos com o dinheiro dos farenses”, sublinhou o candidato.
A Câmara de Faro é governada desde 2005 pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM, primeiro com Macário Correia, depois com Rogério Bacalhau, que conseguiu uma reeleição em 2017 e se candidata agora ao seu terceiro e último mandato.
Nas eleições autárquicas de 2017, a coligação obteve 43,94% dos votos, obtendo cinco dos nove eleitos em disputa, contra quatro do PS, segunda força mais votada, com 38,06% dos votos.
A CDU ficou em terceiro lugar, com 7,38% dos votos, seguida do BE, com 3,06%, do PAN, com 2,32%, e da candidatura independente liderada por Humberto Correia, conhecido como ‘candidato do amor’, que reuniu 1,38% dos votos.
Custódio Guerreiro tem como rivais anunciados, além de Rogério Bacalhau, João Marques (PS), que procura recuperar para o PS a presidência da capital de distrito, Catarina Marques (CDU), que quer reaver o vereador perdido em 2017, e Aníbal Coutinho (BE).
A data das eleições autárquicas ainda não está marcada, mas por lei têm de realizar-se entre 22 de setembro e 14 de outubro.
(Miguel Hugo Cruz, da agência Lusa)