Viveu Moçambique profundamente embrenhado pela activa natureza. O mato era o fascínio. Fez caça grossa calcorreando a pé aquelas imensas florestas na Zambézia.
As grandes companhias, com milhares de trabalhadores indígenas, precisavam de carne para alimentar todo aquele pessoal. Havia alguns caçadores profissionais. O caçador confrontava-se com os perigos do mato. Cobras, desde a Mamba-negra à Surucucu, lacrau, centopeia, formigas carnívoras (Kissonde), cargas de manadas de búfalos, nuvens de mosquitos, água barrenta. Dormiam em palhotas e estabeleciam o seu acampamento.
A selva com todos os perigos era o encontro com a NATUREZA.
Vive-se agora a selva social dos venenos verbais cuspindo o veneno, sempre tentando “matar” o outro ou outros seus parentes animais.
O pastoreio faz-se no verde dos prados bancários afagando o oleoso e conspurcado dinheiro.
As famílias refugiaram-se no cansaço do trabalho dos botões, reduzindo os filhos. É a moda do computador com a educação dos botões atirados para a maquineta dos jogos e não só. As famílias vão perdendo suas sensibilidades de afecto e carinho. O calor humano passou a ser artificial, até aumentar a temperatura bélica na destruição da selva da Natureza e esta desfazer-se lentamente até que o bicho homem abandone a SELVA do seu “contentamento”.