O Quartel da Atalaia, situado na freguesia de Santiago, em Tavira, foi mandado construír no ano de 1795, pelo Governador General do Algarve, o Conde de Vale dos Reis, Nuno José Fulgêncio de Mendonça Moura Barreto.
A estrutura militar do Exército Português serviu de instalação para aquartelamento de tropas, a sua formação e preparação para diversos teatros de operações, protecção da região e do Estado, além do seu papel na resposta a guerra do Ultramar.
Na atualidade o Quartel da Atalaia é ocupado por uma unidade de serviços de apoio do Regimento de Infantaria N. 1 de Beja, em 2008 a estrutura passou a sofrer um processo de recuperação. À época exiitu alguma tentação e interesse por parte te alguns responsáveis políticos em dar um destino ao espaço “hotel, faculdade, shopping etc”, assim o Ministério da Defesa reforçou a sua permanência no local, ficando o R1 de Beja responsável pelas instalações.
Venho observando a necessidade de existir uma resposta estratégica às deficiências na gestão dos incêndios e da pandemia.
Após os grandes incêndios de Tavira, tenho vindo a debater-me sobre o melhor aproveitamento e destino possível para as instalações militares da Atalaia, sendo assim a melhor opção para tornar este local uma estrutura estratégica e de referência no contexto social e militar em que estamos inseridos, passa pela criação da Escola de Bombeiros Sapadores, aceitando admissão de instruendos civis e militares para aptidão e aperfeiçoamento de técnicas de salvamento e socorro marítimo e terrestre, e a intervenção no combate aos incêndios florestais e urbanos, forjando na cidade de Tavira uma nova instituição na formação de futuros soldados da paz, instituindo uma dinâmica de colaboração com a proteção civil.
O concelho de Tavira tem características próprias e únicas, devido a sua proximidade com o mar e a serra, contribuindo com excelentes condições atmosféricas e acessíveis para a sustentabilidade de uma proposta desta envergadura no planeamento da formação e resposta proativa da protecção civil aos anseios da população.
É fundamental, a estruturação de uma política de defesa e proteção civil em conformidade e união na capacitação dos recursos existentes no país.
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