Este texto destina-se apenas para que cada um de nós medite sobre o estilo de vida individual e colectivo que levamos no curto espaço de tempo que vivemos. Estamos a usufruir de todos os recursos existentes na Terra e a eliminar todas as outras espécies vivas, muitas delas muito anteriores a nós.
Há pouco tempo foi noticiado que a humanidade entraria em colapso no prazo de quarenta anos, é possível que seja assim.
Já vimos o pânico provocado pela greve dos camionistas, que provocou a falta de bens e racionamentos, e estamos a ver as consequências sociais de um vírus não muito perigoso, também já assistimos a duas catástrofes nucleares, Chernobil e Fukushima.
Sem querer ser futurista ou bruxo, imaginemos que, por qualquer motivo estranho, acaba repentinamente a energia, fóssil e eléctrica. Param os transportes todos, terra, mar e ar. Por esta via acabam os bens alimentares disponíveis bem como todos os outros produtos. Se colapsar a produção eléctrica, acaba a produção industrial porque não tem matérias primas nem energia, o sector de serviços colapsa também, o desemprego é total. Não há alimentos nem água. O dinheiro não tem valor, o ouro e diamantes não compram nada porque não há nada à venda. Nos grandes centros urbanos não haverá água nem comida, não vão haver transportes para saírem, alguns tornar-se-ão canibais. As pestes eclodirão. A espécie humana extinguir-se-á em mais de noventa e oito por cento num curto espaço de duas semanas. Tentemos imaginar o caos em cidades com dez, quinze ou vinte milhões de habitantes famintos e sedentos. Apenas as pequenas comunidades aldeãs do interior e das montanhas terão condições para sobreviverem de forma natural, cultivando e criando animais. Será o recomeço da regeneração da natureza.
Poderão dizer-me que tudo isto é utópico, nada faz antever uma situação caótica assim, mas também nada fazia prever Fukushima nem a covid-19.
O egoísmo humano conduziu às guerras, à pobreza, à concentração do que ainda hoje chamamos riqueza e ao colapso previsível da própria espécie.
É necessário reverter a produção de armas para a produção de alimentos e investigação científica, especialmente no que concerne ao espaço interestelar.
É necessário reduzir a população porque estamos a consumir os recursos naturais a um ritmo insuportável pela Natureza, tudo o que foi produzido pela Natureza durante centenas de milhões de anos foi delapidado no curto espaço de dois séculos, quanto à população penso que um filho por casal será uma opção viável.
Penso que os governantes do mundo não têm estofo intelectual e moral para inverterem a decadência da vida na Terra, estão amarrados aos egoísmos pessoais sem sentido.
Quando a vida inteligente acabar na Terra, outras espécies inteligentes de outros Planetas voltarão a colonizar esta bola azul. Esta foi uma tentativa cujos frutos são amargos.