Licenciado em Economia pelo ISEG – Lisboa
Mestre em Educação de Adultos e Desenvolvimento Comunitário, pela U. Sevilha
Professor aposentado
Contrariamente ao que faço habitualmente, vou fazer aqui um exercício de ficção especulativa acerca das vacinas contra a covid-19, para tentarmos perceber a cacofonia à sua volta.
Existem 7.200.000.000 de habitantes no planeta, se 7.000.000.000 forem vacinados com duas doses de vacinas, a um preço médio de 8 € cada dose, (a Pfizer vendeu à EU a 12€) serão cerca de 112.000.000.000 € envolvidos no ‘negócio da China’.
O lucro líquido das farmacêuticas poderá ser, hipoteticamente, de 2 € por cada dose de vacina, estaremos então a falar de 28.000.000.000 € que serão distribuídos pelos trabalhadores e pela hierarquia empresarial através de ‘prémios de produtividade’, a maior parte entra para os bolsos dos donos das farmacêuticas, todos os anos, sim porque, como o vírus não vai desaparecer, vai continuar a circular na sociedade, a vacina terá de ser renovada anualmente embora não nos digam isso, note-se que, segundo vários estudos noticiados, a eficácia das vacinas não chega a um ano, isto não significa que continuemos em confinamento.
A mesma obtenção de lucro vai acontecer com um eventual medicamento que surja para curar a doença!
Creio que esta pequena especulação é suficiente para intuirmos o interesse em desenvolver investigação científica na área da saúde. É mais uma forma de exploração das populações de todos os países pelas grandes empresas transnacionais, as quais não aceitam transferir tecnologia para os países mais pobres.
Os custos para os contribuintes não se ficam por aqui, há mais os custos de transporte, armazenamento e meios humanos para a administração das vacinas.
Creio que é fácil perceber mais um motivo pelo qual algumas doenças ainda não têm cura. Os tratamentos sucessivos dos doentes dão muito mais lucro do que um medicamento que os cure, o sofrimento e a morte não são tidos em conta pelos decisores. Por exemplo, algumas doenças raras não têm cura porque, como há poucos doentes, não dá resultado fazer investigação científica para procurar um medicamento eficaz.
Mais uma vez chamo a atenção para o facto de estes números não serem reais, mas não devem estar muito desajustados da realidade, nunca o saberemos porque ‘o segredo é a alma do negócio’.
Apesar de ninguém nem nenhum país estar preparado para a pandemia, as farmacêuticas já estavam preparadas para ganharem muito dinheiro.
Arrisco-me a deixar aqui uma espécie de conselho, se alguém quiser ganhar muito dinheiro deve investir na produção de artigos ‘baratos’ mas que toda a gente compre ou que pague impostos para os Estados comprarem.