Nos dias de hoje começa a sentir-se a falta de algo mais duradouro para alimentar o melhor tipo de vida – o tempo.
O tempo é um dos nossos presentes mais preciosos pela sua limitação…
Aproveitemos pois dele, o que de melhor nos possa oferecer, por ser efectivamente limitado… As horas, os dias, os meses e os anos, correm rapidamente e quase não damos por isso.
O nosso envolvimento quotidiano tem aumentado muito de ritmo e absorve-nos cada vez mais, não nos dando folga para bem o podermos aproveitar.
Nós já passámos e continuamos a passar bons, maus e razoáveis momentos. Os maus momentos são aqueles que nos provocam maior desgaste físico e psicológico e que contribuem, antecipadamente, para se chegar mais depressa ao final de “linha”.
É tempo de se parar um pouco para se pensar, ponderadamente, sobre aquilo que deseja fazer e para que seja bem feito. É evidente que “errare humanum est”. Contudo, se nisso não houver reparação ou inversão (em atitude ou comportamento), deixaremos de pertencer ao mundo dos racionais e sentimentais.
O sabor do tempo alimenta-nos a alma ou estado de espírito e não tenhamos a menor dúvida que o nosso estado psicológico condiciona, fortemente, a nossa parte física mas, também, o inverso é verdadeiro.
Há como que uma relação intima e biunívoca, entre estes dois elementos. Nesse sentido, teremos de procurar manter dentro do possível, o equilíbrio entre os mesmos. Possuir esse domínio, essa força é complexo sem dúvida!
Lamentavelmente por tudo isso, no tempo, temos vindo a evoluir desde a sociedade pré-histórica, sobretudo a do homem neolítico para uma sociedade actual condicionada e “Ansiolítica”.
Os enormes ritmos gerados socialmente na procura do material, sobretudo o “amoedável” e no sentido de alimentar a ganância e a desumanização da sociedade das grandes desigualdades sociais (materialista), são causadores de um grande stress e dano, produzido ao nosso sistema “imunológico” físico-mental.
Temos vindo a construir um mundo cada vez mais artificial, hoje até já conhecido como virtual, esquecendo que o tempo existe para refrear os nossos “impulsos irracionais” e dar lugar a um verdadeiro mundo, também ele racional e sentimental…