A medida de apoio à Economia – Lay Off pode ser complementada com um plano de formação aprovado pelo IEFP, I.P. e por ele organizado em articulação com as empresas. O plano de formação destina-se a assegurar a manutenção dos respetivos postos de trabalho e o reforço das competências dos trabalhadores.
A Formação à Distância não é uma novidade de hoje, mas é a única opção do agora. É necessário, mais do que nunca, agarrar esta tendência – em vezes negligenciada – e consolidá-la, ampliá-la. Torná-la capaz, reconhecendo-a, certificando-a e valorizando-a. É tempo de elevar a formação com ferramentas diferenciadoras recorrendo a plataformas e profissionais que as dominem, bem como apoiar o formando no exercício da formação em questão.
Na única opção do agora, estamos preparados?
A inovação tecnológica e as soluções por ela apresentadas, no que respeita ao ensino e à formação, trouxeram uma nova forma de aquisição de saber. A facilidade com que se acede ao mais variado conteúdo, pelo digital, é absolutamente vertiginosa. Torná-lo eficaz e profissional é um desafio já há muito necessário.
Importa que se atente que a modalidade de formação à distância falhará na mesma medida em que falha, não poucas vezes, a formação presencial. Ambas estão na clara dependência de variados fatores de onde se destacam: profissionais capazes, material adequado e adaptação dos métodos a cada formando. Não funcionará, no digital, se formadores limitarem a sua atuação na partilha de conteúdo para leitura tal como não funciona em contexto presencial. Não funcionará, no digital, se o formador não procurar conhecer e acompanhar o processo do formando, tal como não funciona no presencial. A verdade é que não faltam contextos de formação presencial completamente obsoletos. Ambos, o presencial e o digital, têm especificidades que necessitam ser dominadas – um não é igual ao outro. Existe uma tendência para colocarmos realidades em confronto, uma em substituição da outra. Quando o crescimento e a preparação está, quase sempre, na sinergia.
A abordagem mista (presencial + à distância) deveria, já há muito, ser uma realidade na educação e na formação por representar um método absolutamente potenciador para os agentes envolvidos no processo formativo/educativo. Além da evolução de ambas as abordagens, os agentes estariam – em qualquer circunstância – familiarizados, preparados e com uma maior capacidade de adaptação. Note-se que, o método formativo que funciona com um de nós pode não funcionar com o outro. Conhecer e explorar as diversas opções ao nosso dispor acrescentará sempre.
Em Portugal, a resistência à Formação à Distância foi esmagada pelas necessidades atuais – e estamos em atraso e incapacitados. Não dispomos do número suficiente de profissionais preparados para fazer face à necessidade. Um formador não preparado para esta resposta condicionará imediatamente a eficácia do método.
Nesta situação abrupta, torna-se evidente que os profissionais trabalharão com as ferramentas de que dispõem recorrendo a métodos que dominam, do contexto presencial, transpondo-os para o digital. Não é, de todo, a mesma coisa. O processo de comunicação e interação é, em muito, diferente. Temos um desafio grandioso em mãos: adequar em tempo recorde o nosso perfil formativo e adaptarmo-nos às ferramentas tecnológicas. E, sendo que nada se consegue suficientemente capaz sem formação, importam as respostas formativas que isto auxiliem – preparar e-formadores, formando-os.