Penso que agora já ninguém tem dúvidas daquilo que se anunciava há algum tempo… os anos dourados de crescimento do Algarve acabaram (para já) este ano. E de forma inequívoca e concreta.
Agora precisamos que quem dormiu tente pelo menos fingir que está acordado, que tome medidas a nível da promoção para pelo menos encurtar o contra ciclo negativo que nos espera.
Precisamos de mais rotas aéreas e mais frequentes. Quem manda no ar comanda a terra. Só conseguimos evitar danos maiores se conseguirmos evitar os preços especulativos de lugares de avião que, face à pouca oferta neste Julho e Agosto, assumiram proporções assustadoras com preços (especialmente em Julho e Agosto) completamente desajustados. Precisamos também que se enterre de vez a ideia suicida das taxas turísticas, para que alguns não entrem na História como os asnos do século ao aumentar, com essa medida ainda mais, a clivagem de preços perante os outros destinos e enterrando ainda mais a competitividade do destino Algarve.
É disso que precisamos. Mas sabemos também do que não precisamos… não precisamos de políticos de carreira em sítios de comando que devem toda a sua vida profissional ao seu partido e como tal nunca irão morder a mão do dono mas serão apenas fantoches, “yes mans”, de quem os pôs lá sem capacidade nem coragem para discordar seja do que for, ou seja, não representam os interesses turísticos da região mas sim dos que os lá puseram e de quem os rodeia.
Não precisamos de instituições onde interesses de empresários camuflados de associações mandam no nosso destino e colocam estrategicamente afilhados, filhos, moços de recado e cãezinhos domesticados nos órgãos que mandam na promoção da maior região turística do país. Precisamos de gente que sirva a região e não se sirva dela, precisamos de mais técnicos e menos parasitas, precisamos de gente com tomates para reclamar junto do aparelho central aquilo que é nosso por direito. Precisamos de gente de provas dadas e qualidade reconhecida, não precisamos de parques jurássicos obsoletos e gente que nunca soube o que é trabalhar. Precisamos de conhecimento, profissionalismo e de orgulho regional.
Em breve os empresários que realmente amam a sua região, os que realmente se preocupam com o futuro turístico da região e não com o seu tacho, irão ter hipótese de pôr um travão neste assalto que nos está a ser feito e, como Remexidos dos tempos modernos, nós temos que nos defender.
Pelo Algarve. Por todos nós. Acorda Algarve!