Desde outubro, e com duração prevista até final do ano, a Biblioteca de Castro Marim, em colaboração com a associação Almargem, exibe a exposição “A Última Gota_Algarve”, uma exposição que não deixará, certamente, nenhum visitante indiferente, e, acima de tudo, fará refletir e contribuirá para a mudanças de atitudes e para uma sociedade civil informada e ativa.
A biblioteca, enquanto espaço educador, pode, em grande medida, com ações práticas, contribuir na formação de uma adequada consciência ambiental dos seus utilizadores, de forma que estes possam adotar hábitos ecologicamente corretos.
Face à situação de emergência climática em que vivemos e proliferam um pouco por todo o mundo movimentos de jovens em defesa de políticas de verdadeira proteção do ambiente, os profissionais da informação devem apostar nessa área e, através dos meios disponíveis, contribuir para a promoção de uma consciência ambiental.
A Biblioteca deve estar em estreita relação com a Educação Ambiental no intuito de conseguir gerar pensamento crítico, alcançar comportamentos ecologicamente corretos, e, desta forma, contribuir para o desenvolvimento sustentável da região.
A educação ambiental deve, igualmente, integrar as ações de promoção de leitura que se desenvolvam em torno do tema, sendo profícuo o trabalho em conjunto de bibliotecários e educadores.
Com recurso a serviços de informação, mediação de leitura, promoção de ações (jogos e desafios, exposições, palestras, exibição de filmes e documentários, redes sociais) que despertem e sensibilizem, cada vez mais, o utilizador para a problemática da defesa do Planeta, a biblioteca dá o seu contributo no papel de educadora de comportamentos.
Entende-se ainda que a disseminação da informação é fundamental para atenuar os efeitos da crise ambiental atual, logo, esta interação biblioteca / agentes educativos pode constituir um incentivo ao desenvolvimento sustentável na comunidade local.
A difusão da informação passa por conhecer os projetos existentes em torno desta problemática, divulgar os mesmos e, assim, permitir ao utilizador a adoção de uma consciência ambiental que gere uma mudança de comportamentos, incentivando-os a serem ativos no processo e não somente passivos.
A biblioteca, enquanto uma das principais instituições responsáveis por promover ações junto da sua comunidade em prol do desenvolvimento sustentável, deve ter o mote da defesa ativa do planeta no seu dia-a-dia, consciencializando os seus utilizadores a repensar atitudes face à relação que temos com o meio ambiente e como agimos sobre ele. “Não há Planeta B”.
Tina Castro
(Biblioteca Municipal de Castro Marim – [email protected])