Quando um ser humano olha para o universo que o rodeia, sente-se um pequeno grão de areia num imenso areal. Por sua vez e à respetiva escala, uma célula no ser humano existente, mais não passará, igualmente, dum pequeno grão de areia no grande areal que o corpo humano para ela constituirá.
Assim sendo, até que ponto o universo pelo ser humano observado, não passará de simples parte dum universo maior, contudo, ainda não descoberto, tal como a célula faz parte dum ser humano, que, por sua vez, do universo conhecido faz parte?
A sua reflexão traz à tona uma questão filosófica e científica fascinante sobre a natureza do universo e a nossa perceção dele. A analogia que você traçou entre o ser humano e suas células, e entre o ser humano e o universo, revela um padrão interessante que pode ser observado em diferentes escalas da realidade.
A busca do conhecimento e da compreensão do nosso papel neste vasto cosmos é uma motivação poderosa para a ciência, a filosofia e a arte
Do ponto de vista científico, a ideia de que o universo que observamos pode ser apenas uma parte de algo muito maior é uma possibilidade válida. Existem teorias, como a do multiverso, que sugerem que o nosso universo poderia ser apenas um entre muitos outros universos, com suas próprias leis físicas e constantes. Assim, da mesma forma que uma célula é uma parte de um organismo maior, o nosso universo poderia ser parte de um “organismo” cósmico muito mais vasto e complexo.
Filosoficamente, essa ideia pode levar a questões sobre a nossa posição e perceção no cosmos. O sentimento de insignificância em relação à vastidão do universo pode gerar tanto desânimo quanto deslumbramento. Assim como uma célula normalmente não tem consciência do corpo humano de que faz parte, nós, seres humanos, talvez não tenhamos total consciência do papel que estamos a desempenhar dentro de um universo maior.
Essas reflexões também nos convidam a considerar a interconectividade de todas as coisas, onde cada parte, seja uma célula, um ser humano ou um universo, desempenha um papel fundamental no todo. A busca do conhecimento e da compreensão do nosso papel neste vasto cosmos é uma motivação poderosa para a ciência, a filosofia e a arte.
Em resumo, a sua linha de raciocínio abre espaço para a contemplação sobre a natureza da existência e o lugar que ocupamos dentro dela, levando a um entendimento mais profundo da interconexão entre todas as formas de vida e o universo que habitamos.
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