Após a 2ª guerra mundial os países ganhadores decidiram criar um Estado a que chamaram Israel numa terra que era de outros e assim livrarem-se dos judeus dos seus países. As pessoas que aí moravam foram sendo paulatinamente desapossadas das suas terras e empurradas para fora desse território. E mais, com o apoio dos seus aliados nunca permitiram que a Palestina se constituísse como Estado. Setenta anos de opressão apenas leva à revolta e daí, à resistência armada. Se Israel apenas se mantém com o apoio financeiro e militar dos EUA, naturalmente, também muitos dos países árabes/muçulmanos têm apoiado a Palestina. A guerra dura há 70 anos.
Já são 40 mil mortos num pedaço de terra igual a ¼ do Algarve!
A guerra atual de Israel contra os palestinianos é bem mais profunda que uma guerra contra o Hamas. Mandam que os palestinianos se concentrem em certo local e depois bombardeiam esses locais. Alegando que os militantes do Hamas se escondem em escolas e hospitais, bombardeiam sem mandar sair os civis de lá. Já são 40 mil mortos num pedaço de terra igual a ¼ do Algarve! Prendem, torturam e assassinam palestinianos aos milhares que não eram ativos militares. Apenas por serem palestinianos. Israel está a levar a cabo um genocídio. Limpar todo o território da chamada Palestina de palestinianos. Um Holocausto de palestinianos. Aconselho a leitura do artigo de Alexandra Lucas Coelho publicado no jornal PÚBLICO, no sábado, dia 8 de Agosto.
Verdade que milhares de israelitas e milhares de judeus pelo mundo fora estão contra esta política de carácter Nazi, mas o governo de extrema-direita continua firme e está a provocar o início de uma guerra de larga escala em todo o Médio Oriente. O problema também é nosso, seja por razões morais e de solidariedade com quem sofre, como também, de modo mais egoísta, pela iminência de uma guerra que nos afetará, ainda que indiretamente: escassez de recursos, aumento de preços, para além de contribuir para a poluição e o aumento da temperatura global. Aqui também a guerra já tem efeitos.
O Bloco de Esquerda colocou nas suas estruturas cartazes com o apelo a uma PALESTINA VIVA onde já morreram pelas últimas informações 38 mil seres humanos entre elas muitas crianças. Num ato de vandalismo foram arrancadas das estruturas da cidade de Tavira a solidariedade com o povo palestiniano, em alguns casos assinados com a estrela de David, quando são aos milhares os israelitas em Israel e judeus por todo o mundo que apelam ao fim da guerra e a libertação dos reféns. Este ato é um crime e uma prova de falta de democracia. Que colem os próprios cartazes e digam o que pensam. A cobardia é uma fraqueza.
Quem fez este ato mostra que a democracia não faz parte da sua formação, mas não irão calar-nos e mais força nos darão para lutar por sociedades mais justas, mais livres e por países livres. A PALESTINA VENCERÁ e a democracia terá hipóteses de vingar em Israel quando afastarem o governo de extrema-direita.
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