Após longas semanas e mais de 168 horas, o que foi a Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP? Uma CPI que teve como objetivo, o apuramento das razões e legalidade da indeminização, de 500 mil euros, a Alexandra Reis (que já foi devolvida), tornou-se num lavar de roupa suja e num aproveitamento político, por parte dos partidos da oposição, mas principalmente por parte da comunicação social, que trabalha diariamente em prol da formação de um governo de direita.
Numa realidade em que os salários aumentaram 7,4% no primeiro trimestre, a divida publica atingiu valores a baixo de França e Espanha; Bruxelas duplica a previsão de crescimento económico para o dobro, do que inicialmente era previsto para 2023, as exportações crescem pelo 5º mês seguido, sendo que só em março já tinha crescido 18,7%, o desemprego recua, Portugal ficou em primeiro lugar, relativamente aos outros países europeus, no crescimento económico, no primeiro trimestre do ano, a inflação diminui a passos largos, tendo atingido 4% em maio e a competitividade portuguesa aumenta, sendo que o défice a excedente externo chegou aos 996 milhões de Euros; a oposição está mais preocupada com assuntos mesquinhos e insignificantes como, quem é que ligou para o Serviço de Informações Secretas e a que horas, e com o roubo de um computador.
Tudo isto espelha o desnorte da oposição, desnorte este, também visível em escala mais pequena (Lagoa), bem como da comunicação social, que permitem assim, que populistas que gostam de alimentar novelas políticas sem conteúdo, cresçam.
No final das contas, o aproveitamento político e a luta pelas audiências foi tanta, que acabamos todos por perder o fio à meada e nem os próprios deputados que participaram na CPI, se conseguiram focar no essencial.