As religiões aproveitam e aprofundam o medo e a ignorância dos povos. As mentiras retorcidas das quais algumas delas são tão bem elaboradas que alguns dos seus criadores conseguem acreditar nelas.
Os milagres, alguns construídos com segundas intenções, são factos concretos que ainda não têm explicação científica, quando tiverem explicação deixam de ser milagres adorados pelas religiões, quanto mais avança a ciência menos milagres existem porque a razão dos factos passa a ser conhecida e dissipam-se os medos e as mentiras.
A crença numa entidade desconhecida, que ninguém viu, com superpoderes que castiga ou premeia cada pessoa depois da morte, de onde ninguém voltou para descrever a continuidade da existência num paraíso imaginário, exacerbando o medo individual de não atingir esse estadium, tem conduzido ciclicamente a humanidade a actos de autodestruição através de confrontos horrorosos pomposamente denominados de “guerras santas”. O paraíso e o inferno são o resultado da imaginação humana ‘empurrada’ por recônditos interesses de grupos protegidos pela força dos poderes instituídos. O provérbio popular “depois de cavalo morto cevada ao rabo” diz-nos toda a verdade. A promessa de vida eterna num paraíso, desejo de todos os seres vivos, bem como a promessa de estarem setenta e duas virgens à espera de cada herói morto na “guerra santa”, convencem os ignorantes a concretizarem os interesses de quem vive à sua custa. A ignorância é mantida e promovida por quem vive dela. A justiça está “garantida” e será exercida por deus depois da morte, mas na realidade as pessoas querem é Justiça em vida, nisso as religiões são mudas porque não lhes interessa perturbar os poderes dominadores.
Quem adora um rio, uma serrania ou uma árvore fá-lo por reconhecer que se trata de algo que lhe proporciona algum tipo de bem ou abrigo, durante a sua existência, por isso é aceitável tal adoração.
Se um dia no futuro se chegar à conclusão que o deus apregoado é um extraterrestre pertencente a uma civilização de um planeta distante com conhecimentos e poderes muito para além do que podemos imaginar, as religiões deixam de ter razão para existirem, é disso que os pregadores da religião têm medo, deixam de ter a mesa sempre posta e as costas guardadas.
É notório que a imaginação e a arte produziram obras artísticas e monumentais fantásticas por todo o mundo, mas isso não iliba as malfeitorias levadas a cabo durante milhares de anos por aqueles que apregoaram a paz, o perdão, a bondade e a igualdade entre todos os homens de todas as raças e locais na Terra.
Cada pessoa deve pensar só por si e discutir serenamente apesar de ser difícil e por vezes inconveniente.
Se este texto lhe levantou dúvidas, deixe as suas ideias de lado por alguns momentos e medite.