A religião, qualquer que ela seja, continua a ser o ópio do povo, subjugando-o pela mentalidade da obediência com medo do divino.
Profeta é um indivíduo que alega ter sido contactado pelo sobrenatural ou divino e que fala por ele, servindo como um intermediário com a humanidade, o que aceito que possa ser verdade, embora eu tenha uma concepção de divino não coincidente com a concepção propalada pelas religiões.
Todos os profetas, Abraão, Jesus, Maomé e outros, foram homens muito à frente do seu tempo, que deram corpo e estrutura cultural às grandes religiões que conhecemos hoje, cristianismo e islamismo. O hinduísmo é considerado uma tradição religiosa, enquanto que o budismo é uma filosofia de vida, são, portanto, muito diferentes das religiões cristã e islamita.
O problema não está em acreditar ou não acreditar na existência de um ou mais deuses, o problema está na utilização da religião para subjugar os Povos a interesses que nada têm a ver com a religião. O que nós vimos ao longo da história é que a estrutura religiosa, que corporiza a religião, está aninhada com os poderosos ajudando-os a subjugar as populações aos interesses de alguns que se mascaram com a religião em dias de festa popular, nos carros alegóricos da ignorância, do medo, da usura, da arrogância e do nepotismo. São centenas de milhar de indivíduos que vivem, num mundo faustoso, como parasitas da sociedade mentalizada para acreditar em tudo quanto lhes querem impingir.
Existem obras sociais maravilhosas intimamente ligadas às religiões, mas as pessoas que as constroem não vivem em palácios faustosos. Existe também um espólio artístico impressionante, construído, inspirado e apoiado pelo desenvolvimento e consolidação das religiões. Mas também existem manchas históricas das religiões.
A prática de uma religião deveria promover a paz, a tranquilidade, a fraternidade e o respeito pelo próximo, nunca deveria alimentar incompreensões, fanatismos, ódios, assassinatos, guerras e destruição, a bondade e a justiça deveriam prevalecer.
As religiões vivem de donativos daqueles que acreditam que ‘compram’ bem-estar, vida terrena e o paraíso, dando o que têm e o que não têm àqueles que os convencem com aquilo que eles próprios querem ouvir. Os representantes da religião junto do povo parece acreditarem naquilo que inventam e recitam.
Tal como alguns chefes dos cruzados foram coroados de ‘santos’, também vemos hoje assassinos psicologicamente transtornados serem epitetados de mártires ao serviço da ‘justiça divina’. As condições evoluem, mas a história parece repetir-se.
Acredito que existe uma ou várias entidades, com existência física e vida muito mais longa do que os seres vivos da Terra, que pela sua tecnologia avançadíssima controla a evolução da vida neste planeta. Parece-me que essas entidades se deram bem, e continuam a dar, com os mais poderosos deste planeta, quaisquer que sejam os objectivos desses poderosos. É por isso que as estruturas religiosas não vão desaparecer, apenas poderão evoluir lentamente ao longo dos séculos.
Mas o que, ou quem, é Deus?