O café Timor estava tomado.
O quindim, delicioso doce feito à base de gema de ovo e de coco, estava saboreado.
Lá fora, a carrinha que nos iria transportar ao aeroporto de Díli esperava por nós. O voo estava marcado para as 13.55, mas todos nos aconselharam a irmos mais cedo. Com esta coisa da pandemia e dos pouquíssimos voos que chegam e partem de Díli, era preciso ter cautela. Assim, por volta das 10 da manhã de 7 de março de 2021, partimos em direção ao Aeroporto Internacional Nicolau Lobato.
A verdade é que tudo correu bem, mesmo muito bem. O voo da Air Timor levou-nos tranquilamente até Kuala Lumpur, capital da Malásia.
Chegados à Malásia, a grande odisseia ia ganhar novo corpo. No balcão da Qatar Air Airways, para além dos procedimentos normais, preenchemos duas plataformas digitais que, apesar de necessárias, evidentemente, foram uma tarefa árdua e, não fosse a ajuda dos super simpáticos malaios, eu teria passado o resto da escala por ali mesmo! Uma das plataformas permitia a entrada em Espanha, a outra, da DGS, em Portugal. Por sorte, a Qatar Airways levou-nos da Malásia ao Catar e do Catar a Barcelona e, em parceria com a TAP, de Barcelona a Lisboa. Assim, ficámos com os bilhetes para todas as ligações, o que foi menos mau!
O belíssimo Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur tinha um aspeto triste. A maioria das lojas estava fechada, os pequenos grupos de pessoas mal preenchiam a tranquilidade do espaço vazio e até as plantas dormiam surpreendidas por tamanho silêncio.
Sete horas de voo depois, eis-nos no Catar. O aeroporto de Doha apresentava outra vida. Lojas abertas, pessoas e voos, exposições, conversas e sorrisos. Com todas as regras de prevenção tomadas, sentia-se vida! A verdade, diga-se, é que a Malásia também vive, infelizmente, devido à variante Delta da Covid-19, constrangimentos adicionais.
De Doha, capital do Catar, a Barcelona foram mais sete horas de voo! Continuava a Odisseia. Porém, convém salientar o excelente serviço que a Qatar Airways fornece aos seus clientes. Tire-se o chapéu!
Em Barcelona, finalmente, sentimos o solo europeu… o aroma ibérico… A(s) língua(s) que já se entendem e a comida familiar.
E, a bordo da TAP, sempre, ao longo de várias décadas, com serviço de eleição, em menos de duas horas, voámos até Lisboa. Portugal!
Dois dias e cerca de 15.000 km depois a odisseia terminava…
Bem, não foi precisamente assim… A mala do porão tinha ficado na Malásia. Nos serviços de reclamação de bagagem, uma funcionária muito prestável registou a perda e, entrando no sistema, disse-me que a mala ficara em Kuala Lumpur. Mais, referiu que a própria mala iria realizar uma outra odisseia… Malásia, depois Catar, Frankfurt… Lisboa, Faro, Vila Real de Santo António! E assim foi.
As odisseias são assim. Mas nada temam: as odisseias são parte integrante do mundo!
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