A Comissão Europeia divulgou novas orientações para melhorar a preparação dos cidadãos em situações de emergência. As recomendações incluem medidas para garantir que a população esteja pronta para enfrentar crises naturais, como incêndios e inundações, ou situações causadas por acidentes e conflitos. Entre as diretrizes, destaca-se a necessidade de manter um kit de emergência básico em casa.
Tenha um kit de primeiros socorros em casa
Uma das principais orientações da Comissão Europeia é que cada cidadão tenha em casa reservas de água e alimentos não perecíveis suficientes para, pelo menos, 72 horas (3 dias). Além disso, recomenda-se a posse de itens, como lanternas, rádios a pilhas e kits de primeiros socorros, que podem ser essenciais em cenários de emergência.
A União Europeia tem vindo a reforçar a sua estratégia para melhorar a resposta a crises, prevendo a constituição de reservas estratégicas de equipamentos e materiais críticos. A proposta inclui garantir o acesso a recursos essenciais, como equipamento médico, materiais de resposta a catástrofes e produtos agroalimentares.
Bruxelas pretende ainda implementar critérios mínimos de preparação para infraestruturas essenciais. Hospitais, escolas, transportes e telecomunicações deverão seguir padrões que garantam a sua operacionalidade em cenários de crise.
O objetivo é reduzir a vulnerabilidade destes serviços e assegurar a continuidade das suas operações.
Comissão Europeia quer sensibilizar a população
Outra das medidas propostas passa pela integração de conteúdos sobre preparação para emergências nos currículos escolares. A Comissão Europeia acredita que a educação desempenha um papel fundamental na sensibilização da população e na criação de uma cultura de prevenção e resposta eficiente.
Vêm aí simulacros
Escreve a Lusa que a realização de exercícios regulares de preparação à escala europeia é outra iniciativa prevista. Estes simulacros envolverão forças armadas, proteção civil, profissionais de saúde, bombeiros e serviços de segurança. O intuito é testar e melhorar a coordenação entre diferentes entidades em situações de emergência.
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A Comissão Europeia sugere também a criação de um Dia Europeu da Preparação. A data servirá para reforçar a sensibilização sobre a importância da prevenção e da antecipação de crises. A proposta faz parte de uma abordagem mais abrangente para fortalecer a resiliência da população e das instituições.
Para garantir a eficácia das medidas, a União Europeia planeia reforçar a cooperação entre os Estados-membros. O objetivo é desenvolver uma resposta conjunta a crises e permitir uma gestão mais eficiente de recursos em momentos de necessidade. O intercâmbio de informações e boas práticas será incentivado.
Adaptação às alterações climáticas
A estratégia europeia para emergências inclui ainda a adaptação às alterações climáticas. Bruxelas reconhece a necessidade de melhorar a gestão dos recursos naturais, nomeadamente a água, e implementar soluções para minimizar os impactos de fenómenos climáticos extremos.
Além disso, pretende-se aumentar a capacidade de resposta das redes energéticas. A Comissão Europeia quer garantir que o abastecimento de energia não seja comprometido em situações de emergência, promovendo a diversificação de fontes energéticas e a segurança das infraestruturas.
Os planos da entidade serão discutidos em julho, no âmbito do próximo orçamento plurianual da União Europeia. A definição de investimentos específicos será essencial para concretizar estas medidas e garantir que os Estados-membros possam aplicá-las de forma eficaz.
O objetivo é garantir a segurança e o bem-estar da população europeia
As recomendações fazem parte de uma estratégia mais ampla para garantir a segurança e o bem-estar da população europeia. A aposta na preparação para emergências reflete a preocupação crescente com a necessidade de antecipar e minimizar os impactos de crises futuras.
Com estas orientações, a União Europeia pretende reforçar a sua capacidade de resposta a cenários imprevistos. A implementação destas medidas poderá contribuir para um nível de preparação mais elevado, assegurando que cidadãos e instituições estejam melhor equipados para lidar com emergências.
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