Comprar casa continua a ser uma tarefa complicada para quem procura habitação nas grandes cidades, onde o preço por metro quadrado se mantém em níveis historicamente altos. Mas o retrato muda assim que se olha para o interior do país.
Existem concelhos onde o metro quadrado continua abaixo dos 500 euros, um contraste expressivo num mercado cada vez mais pressionado. Pampilhosa da Serra surge à frente desta lista, tornando claro que há zonas onde os valores seguem uma dinâmica bastante diferente.
De acordo com o Ekonomista, site especializado em economia e consumo, Pampilhosa da Serra apresenta no terceiro trimestre de 2025 um preço médio de 494 euros por metro quadrado. Penamacor ocupa a posição seguinte, com 496 euros por metro quadrado, e Nisa mantém-se logo atrás, nos 498 euros por metro quadrado. São concelhos de baixa densidade, marcados por paisagens interiores e por um ritmo de mercado menos acelerado do que o observado nas áreas metropolitanas.
Os concelhos onde comprar casa continua mais acessível
O ranking prossegue com Góis, que regista 506 euros por metro quadrado, e Sabugal, com 514 euros por metro quadrado. A presença repetida de concelhos do interior evidencia uma tendência que se mantém: é nesta faixa geográfica que os preços permanecem mais estáveis e significativamente abaixo dos valores praticados nas zonas litorais.
A lista inclui ainda vários concelhos onde o preço médio não ultrapassa os 650 euros por metro quadrado. Penacova regista 543 euros por metro quadrado.
Melgaço surge pouco acima, com 549 euros por metro quadrado. Em torno das encostas da Serra da Estrela, Gouveia chega aos 582 euros por metro quadrado. Mais a nordeste, Mogadouro fixa-se nos 600 euros por metro quadrado.
No eixo entre o interior e a zona de Coimbra, Miranda do Corvo apresenta 605 euros por metro quadrado e Celorico da Beira regista 607 euros por metro quadrado. Idanha a Nova chega aos 624 euros por metro quadrado e Mação mantém-se nos 648 euros por metro quadrado.
A recta final do ranking e o contraste com os centros urbanos
Já na parte final do ranking surgem Fronteira, com 666 euros por metro quadrado, e Torre de Moncorvo, com 679 euros por metro quadrado. Figueiró dos Vinhos segue com 680 euros por metro quadrado. Nelas regista 686 euros por metro quadrado.
Castanheira de Pêra apresenta 692 euros por metro quadrado e Oleiros situa-se nos 698 euros por metro quadrado. A lista termina com Seia, que atinge 717 euros por metro quadrado e encerra o conjunto dos 20 concelhos mais baratos do país.
Segundo o Ekonomista, o cenário oposto concentra-se nos concelhos com maior atividade económica e procura imobiliária. Lisboa lidera, com um preço médio de 5 886 euros por metro quadrado, seguida por Cascais, Loulé, Lagos, Oeiras, Funchal e Albufeira, todos com valores muito acima dos registados no interior.
O contraste entre estes dois perfis de concelhos ajuda a mapear as diferenças que marcam o mercado de compra de casa em 2025, refletindo a disparidade entre os centros urbanos e o interior.
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