O presidente do Chega, André Ventura, voltou esta quinta-feira a ser retirado da campanha minutos após participar numa arruda em Odemira, no distrito de Beja, devido a uma indisposição.
André Ventura chegou cerca de quinze minutos após o início da arruada em Odemira, prestou declarações aos jornalistas e percorreu alguns metros durante aquela ação de campanha.
Poucos minutos depois, demonstrou estar a sentir-se mal e foi retirado da ação por elementos da equipa do partido para dentro do carro que tem usado nesta campanha eleitoral para as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.
Numa altura em que a curta arruada, com cerca de 50 apoiantes, estava a chegar ao fim, levou a mão ao peito e ao pescoço e alargou o nó da gravata, o que chamou a atenção de quem o rodeava, e disse: “Vamos continuar”.
Imeditamente depois, começou a baixar-se, mostrando ter pedido força nas pernas, sendo amparado e levado para dentro do carro pelos seus seguranças.
Foi posteriormente levado para uma zona mais resguardada, a poucos metros, do outro lado da rua, para dentro de um café, onde entre cerca das 12:05 e 12:18 foi assistido, encontrando-se no local duas ambulâncias.
Pelas 12:18 foi transportado de ambulância para o centro de saúde de Odemira.
A GNR tinha feito quase de imediato um perímetro de segurança, tendo-se deslocado para o local vários elementos desta força de segurança.
À chegada, nas declarações que prestou aos jornalistas André Ventura tinha justificado com razões de segurança o tratamento que teve no Hospital de Faro, onde esteve internado após ter-se sentido mal durante um jantar comício no Algarve na terça-feira à noite.
“Eu entrei pelo INEM, que foi chamado, pelos bombeiros e puseram-me numa sala com segurança à porta”, disse André Ventura, à chegada a uma arruada em Odemira, distrito de Beja, no penúltimo dia de campanha eleitoral.
“Portanto, o hospital só tinha duas hipóteses: ou eu ficava com segurança e com polícia, ou deixavam-me matar. Foi isso que aconteceu”, disse.
Ventura recusou ter tido um tratamento diferenciado e qualquer paralelismo com uma situação de atendimento no Hospital de Santa Maria do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que foi criticada pelo Chega.
Ventura agradeceu também aos profissionais de saúde que o acompanharam e revelou que o Presidente da República o contactou e lhe deu “vários conselhos em matéria de saúde”.
O líder da bancada parlamentar do Chega, Pedro Pinto, disse aos jornalistas que a campanha do partido vai prosseguir.
A vice-presidente do partido, Marta Silva, afirmou: “Ninguém esperava isto, ele estava muito bem, e continua bem”.
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