Aproveitar os alimentos da forma mais eficaz é fundamental para manter uma alimentação equilibrada e nutritiva. Muitas vezes, sobras de refeições anteriores são reaquecidas para evitar desperdício, mas nem sempre essa prática é aconselhada. Alguns alimentos, quando aquecidos novamente, perdem nutrientes e podem até tornar-se prejudiciais para a saúde. Alguns desses alimentos são muito comuns na alimentação dos portugueses. É desses que vamos falar neste artigo.
O ovo
O ovo, por exemplo, é um alimento rico em proteínas e benéfico para a saúde. No entanto, quando reaquecido, pode libertar substâncias que se tornam tóxicas para o organismo, comprometendo os seus benefícios.
O espinafre
O espinafre é outro alimento muito nutritivo, conhecido pelo seu baixo valor calórico e elevado teor de vitaminas e minerais. Quando consumido cru, aproveita-se ao máximo o seu valor nutricional. No entanto, ao ser reaquecido, o nitrato presente nas folhas pode transformar-se em nitrito, um composto que se associa à hemoglobina e prejudica o transporte de oxigénio no sangue.
O aipo
O aipo, bastante utilizado em sopas e caldos, também merece atenção. Tal como o espinafre, este vegetal contém nitratos que se convertem em nitritos quando expostos novamente ao calor, podendo afetar negativamente a saúde.
A batata
A batata, muito apreciada pela sua versatilidade, também sofre alterações no reaquecimento. Além de perder boa parte dos nutrientes, o seu sabor altera-se e podem ser libertadas substâncias prejudiciais ao organismo.
Frango
O frango, rico em proteínas de alta qualidade, é outro exemplo de alimento que merece cautela. As mudanças de temperatura alteram a sua composição proteica, o que pode causar problemas digestivos. Congelar o frango depois de cozinhado e reaquecê-lo posteriormente não é uma prática recomendada.
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Aproveitar as “sobras”, mas com cautela
O reaproveitamento das sobras deve ser feito com cuidado para evitar riscos desnecessários, como refere a Metropoles. Alimentos como o arroz e a massa, por exemplo, devem ser refrigerados rapidamente após a confeção e reaquecidos apenas uma vez para evitar a proliferação de bactérias.
Forma de guardar os alimentos
Guardar os alimentos corretamente também é essencial. Utilizar recipientes herméticos e manter a temperatura do frigorífico entre 1 ºC e 5 ºC ajuda a conservar as refeições por mais tempo sem comprometer a qualidade.
Quando decidir reaproveitar uma refeição, dê preferência a métodos de reaquecimento que garantam uma temperatura uniforme, como o forno ou a frigideira, em vez do micro-ondas, que pode deixar zonas frias onde bactérias se podem desenvolver. A atenção ao tempo de armazenamento é outro fator importante. Alimentos preparados não devem permanecer no frigorífico por mais de três dias.
Evite reaquecer
Evitar reaquecimentos sucessivos também é crucial. Cada vez que um alimento é aquecido novamente, perde nutrientes e pode tornar-se um meio de cultura para microorganismos. Sempre que possível, procure cozinhar quantidades adequadas para evitar sobras e assim garantir a frescura e qualidade das refeições.
Informar-se sobre a melhor forma de conservar e reaproveitar os alimentos contribui para uma alimentação mais segura e nutritiva, além de ajudar a reduzir o desperdício alimentar. No fim de contas, o segredo está em equilibrar o aproveitamento dos alimentos com a segurança alimentar, garantindo refeições saudáveis e saborosas.
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