O nutricionista José María Catalina de la Peña afirma que certas práticas nutricionais podem aumentar o risco de obesidade e de outras doenças metabólicas. Após vários anos de pesquisa e análise das reações do seu próprio corpo, enquanto ciclista federado, e de outros atletas, José María decidiu questionar várias recomendações tradicionais sobre nutrição no seu livro Human Design. Entre os temas abordados, destaca-se este hábito, que, segundo o mesmo, não corresponde à forma como o corpo humano foi desenhado para funcionar.
O hábito em questão é o de fazer refeições 5 vezes ao dia, segundo a Forever Young. De acordo com o especialista, que explicou que o corpo humano armazena energia principalmente sob a forma de gordura, esta reserva, segundo ele, seria suficiente para manter uma pessoa magra viva durante vários meses apenas com água e minerais. Já o glicogénio, conhecido como a “reserva de glicose”, tem uma capacidade limitada, podendo armazenar cerca de 2.300 kcal em atletas treinados. “Isso significa que o stock de glicogénio não seria suficiente para aguentarmos um dia inteiro”, explica o nutricionista. Estes dados, segundo de la Peña, ajudam a identificar qual deveria ser o macronutriente principal da nossa dieta e o substrato energético que sustenta a maioria do consumo diário.
O especialista detalha que, ao nos alimentarmos, a primeira coisa a ser reposta são as reservas de glicogénio armazenadas no fígado e nos músculos. Após preencher essas reservas, o restante da energia ingerida é convertido em gordura. “Portanto, ao gastar energia, o glicogénio hepático seria utilizado primeiro, e, caso fizéssemos exercício físico, o glicogénio muscular também seria consumido. Só depois começaríamos a oxidar a gordura”, esclarece Catalina.
Contudo, se não permitirmos intervalos entre as refeições e não realizarmos exercício físico intenso, o corpo nunca chega a esvaziar completamente as reservas de glicogénio, que rondam as 2.000 kcal. Isto significa que o organismo permanece constantemente em modo de armazenamento, utilizando apenas as reservas imediatas de glicose, sem necessidade de recorrer à gordura acumulada. “Se não deixarmos espaço entre as refeições e também não fizermos exercício vigoroso, nunca conseguiremos esvaziar as reservas de glicogénio e, portanto, nunca precisaremos de utilizar o grande depósito, o depósito de gordura”, conclui o nutricionista, ao explicar o porquê de 5 refeições diárias não corresponderem à forma como o corpo humano deve funcionar.
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