Viajar pela Europa é um dos grandes prazeres para muitos cidadãos. A facilidade de circulação entre países, a riqueza cultural e a diversidade de paisagens fazem do nosso continente um destino de eleição. Seja por lazer, negócios ou visitas a familiares, cada vez mais pessoas aproveitam as vantagens da União Europeia para se deslocarem sem grandes burocracias. Mas há alguns cuidados a ter, especialmente nos países mais procurados pelos turistas. Neste artigo, vamos falar-lhe dos países onde os residentes se sentem menos seguros nas suas áreas de habitação, sendo que o país mais ‘perigoso’ da Europa é um muito procurado pelos portugueses.
As atenções a ter
Contudo, apesar da segurança geral que caracteriza muitos países europeus, um relatório recente alerta para o aumento da criminalidade organizada e da violência em várias regiões. Segundo um briefing divulgado pelo Serviço de Pesquisa do Parlamento Europeu (EPRS), esta tendência tem vindo a crescer devido à forte concorrência entre grupos criminosos rivais.
Os dados mais recentes do Eurostat mostram que 10% dos cidadãos da União Europeia afirmam ter sido vítimas de crime, violência ou vandalismo na sua área de residência. Entre as pessoas que vivem em situação de maior vulnerabilidade económica, essa percentagem sobe para 12,3%.
Um dos fenómenos mais preocupantes identificados pelo relatório é o recrutamento de menores para redes criminosas e grupos terroristas. Alguns países têm sentido de forma mais intensa este problema e adotado medidas extremas para o combater. A Suécia, por exemplo, alterou a legislação para permitir a escuta telefónica de crianças com menos de 15 anos, como resposta a uma onda de atentados com explosivos. Desde o início de 2025, já foram registados pelo menos 36 ataques com bombas no país.
Embora a Europa continue a ser um dos continentes mais seguros do mundo, quer para viver, quer para viajar, o relatório do EPRS destaca que o crime organizado está a tornar-se cada vez mais digital e globalizado. O aumento da concorrência entre redes criminosas poderá contribuir para um crescimento da violência associada a estas atividades ilícitas.
O paraíso turístico que é o líder desta lista
A perceção de insegurança varia de país para país, sendo a Grécia, um dos destinos favoritos dos portugueses para viajar, a nação da Europa onde os cidadãos mais reportam problemas relacionados com crime, violência ou vandalismo, refere a Executive Digest. Segundo as estatísticas, 20,9% dos gregos afirmam sentir-se inseguros na sua área de residência. Nos Países Baixos, essa percentagem é de 16,7%, na Bulgária de 15,6%, em França de 14,7%, em Espanha de 13,6% e na Bélgica de 12,5%.
A posição de Portugal neste ranking
Portugal surge abaixo da média europeia, com 6,9% da população a relatar preocupações com a criminalidade. Ainda assim, é fundamental que os cidadãos estejam atentos e informados, especialmente em grandes centros urbanos e zonas turísticas, onde a atividade criminosa pode ser mais intensa.
Na Grécia, um dos principais problemas tem sido a violência associada a adeptos de futebol. Conflitos entre grupos organizados levaram ao encerramento de estádios e à implementação de novas regras mais rigorosas para as claques e a venda de bilhetes.
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Por outro lado, os países que registam os níveis mais baixos de criminalidade são a Croácia, a Lituânia, a Polónia, a Eslováquia e a Estónia. Em todas estas nações, menos de 5% da população reporta sentir-se afetada por crimes ou atos de vandalismo.
Razões para o aumento da criminalidade
Uma das principais razões para o aumento da criminalidade em alguns países da Europa está relacionada com o tráfico de droga. Bélgica, Países Baixos, Espanha, Alemanha e França são algumas das nações onde este problema se tem agravado. A apreensão de grandes quantidades de droga e os confrontos entre gangues são cada vez mais frequentes, contribuindo para um sentimento de insegurança crescente entre a população.
O crescimento do crime organizado representa um desafio para as autoridades europeias, que procuram reforçar a segurança e implementar políticas eficazes para combater esta tendência. A cooperação entre países tem sido essencial para a partilha de informação e o combate ao tráfico de droga e à violência associada.
A precaução é essencial
Apesar deste cenário, é importante lembrar que a maioria das cidades europeias continua a ser segura para residentes e turistas. No entanto, é fundamental que os cidadãos adotem medidas de precaução ao viajar, como evitar zonas de risco durante a noite e manter atenção aos pertences em locais movimentados.
As autoridades recomendam também que os viajantes se informem sobre a situação de segurança nos países de destino antes de partirem. Conhecer os contactos das forças de segurança locais e seguir as recomendações das embaixadas pode fazer toda a diferença em caso de necessidade.
Com um crescimento global do crime organizado e da violência urbana, a atenção e a prudência dos cidadãos tornam-se cada vez mais essenciais. Viajar continua a ser uma experiência enriquecedora, mas deve ser feita com consciência e precaução.
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