Quando Oriol de Pablo enviou uma mensagem direta por Instagram a Aleix Puig, vencedor da sétima edição do MasterChef, nenhum dos dois imaginava que estavam prestes a criar o segundo negócio de restauração que mais rapidamente cresceu em Espanha. Hoje, a marca de hambúrgueres Vicio fatura 55 milhões de euros por ano, opera mais de 30 estabelecimentos e vende um hambúrguer a cada três segundos.
Segundo o jornal El Español, o investimento inicial foi modesto: cada fundador colocou 10.000 euros sobre a mesa, as últimas poupanças de Oriol de Pablo. “O meu erro teria sido perder 10.000 euros, que eram os últimos que tinha, ou montar isto”, explicou o empresário numa entrevista ao canal de YouTube do podcast Itnig.
Ideia que nasceu na pandemia
A marca Vicio começou em outubro de 2020, em plena pandemia, numa altura em que a incerteza dominava o setor da restauração. A marca diferenciou-se não só pelo produto, mas também pelo conceito de comunidade. Segundo a mesma fonte, “Vicio é produto e comunidade.
O negócio não se foca nas margens individuais, mas sim no volume. A empresa vende cerca de 500.000 hambúrgueres por mês, e, conforme a mesma publicação, não se limita a um público específico ou restrito, mas alcança toda a massa de consumidores.
Sem experiência mas com método
Oriol de Pablo nunca tinha trabalhado numa cozinha profissional antes de fundar a Vicio e essa falta de experiência acabou por ser uma vantagem. A equipa aplicou uma vertente tecnológica ao negócio tradicional, questionando processos e usando métricas digitais pouco habituais na restauração e apostando na componente das entregas.
A velocidade de entrega tornou-se o primeiro trunfo competitivo da marca. Conforme o jornal, estabeleceram uma meta de “entregar em 30 minutos” e integraram profundamente sistemas tecnológicos com as plataformas de delivery, conseguindo uma capacidade produtiva quatro vezes superior à concorrência.
Crescimento controlado
O crescimento da marca foi gradual. Escreve o El Español que passaram um ano e meio a aperfeiçoar o primeiro restaurante antes de abrir o segundo. Depois de consolidado o modelo, começaram a abrir um novo estabelecimento por mês. Atualmente, a Vicio opera quatro linhas de negócio: cozinhas apenas para preparar entregas, restaurantes híbridos, grandes locais em centros urbanos e unidades em centros comerciais. Cada formato tem custos diferentes, mas todos devem recuperar o investimento inicial em três anos.
De salientar que a relação entre os cofundadores foi determinante para o projeto. Conheceram-se via Instagram e trabalharam juntos desde o início com total confiança mútua. Hoje, a cada três segundos sai uma hambúrguer das cozinhas da Vicio e “faturamos 55 milhões de euros por ano”.
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