A prestação da casa paga ao banco volta a subir em março nos contratos a taxa variável, sendo esperado um aumento de 185 euros no prazo a seis meses face à última revisão, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.
Assim, um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses – a mais usada nos contratos de crédito à habitação em Portugal – e com um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 1%, passa a pagar a partir de março 727,85 euros, o que significa uma subida de 185,57 euros face à última revisão em setembro.
Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições, mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passa a pagar 685,34 euros, mais 67 euros do que em dezembro.
Nos empréstimos indexados à Euribor a 12 meses, a prestação da casa será de 763,06 euros a partir do próximo mês, um agravamento de 303,33 euros face ao que pagava desde março de 2022.
Estado tem mais de 700 edifícios devolutos
Muitas das críticas ao arrendamento coercivo incluído no programa “Mais Habitação” do Governo, apontam para o número elevado de imóveis do Estado que que estão devolutos.
A Associação Nacional de Proprietários considera, no entanto, que o primeiro passo para enfrentar a atual crise na habitação deve ser dado pelo próprio Estado proprietário através da recuperação do seu património abandonado. Essa foi também uma possibilidade admitida pelo Governo, apesar de nos últimos anos não ter sido essa a aposta.
A SIC tentou obter mais informações junto da Fundiestamo, que gere o FNRE, mas ainda não obteve resposta. A lista de imóveis inativos ou devolutos do Estado ascendia a mais de 700 em 2022.