Não sei. Não sei como é possível nós Algarvios continuarmos a confiar neste Governo. Não sei como é possível este Governo sacrificar tanto a região do Algarve.
O Orçamento de Estado apresentado na semana passada, não trouxe nada de novo para o Algarve. Não apresenta qualquer compromisso financeiro relativamente às intervenções necessárias no âmbito da eficiência hídrica, mesmo considerando que estamos na iminência de não haver água para abastecimento no próximo verão. Nem uma referência quanto à aplicação do desconto de 50% das portagens da A22, aprovado em 2021 pela Assembleia da República.
“O Algarve foi das regiões onde a pandemia Covid19 provocou maior impacto económico. Quais as políticas para atenuar esse impacto? Zero! Está tudo dito”
Nenhuma novidade quanto à requalificação da EN125, pese embora o Governo prever, em orçamento, o pagamento da indeminização de mais de 1,26 milhões de euros, por mês, à empresa que ganhou o concurso. Não apresenta qualquer compromisso financeiro relativamente à construção do Hospital Central de Algarve (HCA), aliás, este equipamento é a terceira prioridade para o país. Este é ainda um orçamento que não apresenta qualquer compromisso de forma a resolver os problemas de habitação existentes na região, sem o problema da falta da mão de obra. Este é um orçamento que não apresenta um compromisso, sério, tendo em vista a concretização de investimentos conducentes à diversificação da base económica da região. É um orçamento que não responde aos desafios e à realidade, dura, que atravessamos em diversos pontos de vista. Aliás, o Governo, no documento do orçamento de Estado que apresentou à Assembleia da República, admite que o Algarve é a região do país, a par da Madeira, que apresenta taxas mais elevadas de risco de pobreza.
Na semana passada, o barómetro anual da União Europeia sobre o estado das regiões e cidades, refere que o Algarve foi das regiões onde a pandemia Covid19 provocou maior impacto económico. Quais as políticas para atenuar esse impacto? Zero! Está tudo dito.