Para cativar e fidelizar viajantes, constitui hoje preocupação dos responsáveis turísticos, e muito especialmente dos operadores aeroportuários, ofertar a maior amplitude cultural aos visitantes, associando os aeroportos às cidades e regiões, nomeadamente criando e evidenciando uma imagem do local onde se encontram implantados. E são diversos os exemplos de aeroportos, em que tal é levado à prática.
É sabido que as experiências vividas pelos passageiros, no aeroporto, constituem um passo importante na avaliação que fazem, não só da viagem, mas muito especialmente do local visitado. E tal impressão fica no registo das suas memórias. Uma chegada bem-sucedida ou uma partida recheada de boas recordações, constituirão condições de apreço pelo local que soube dedicar ao viajante provas de consideração, onde o conforto e a oferta cultural assumem grande relevo.
Por cá, temos notícias de algumas realizações, que, sendo de inquestionável valia, têm características pontuais e de limitada duração, limitando-se a ter efeito nos viajantes nos dias em que decorre o evento.
Um aeroporto posiciona-se como a sala de visitas duma região, onde o turista/viajante se deve sentir um convidado. E, dentre as formas de o conseguir, para além da facilidade nos procedimentos, haverá que proporcionar ambientes modernos, agradáveis e APELATIVOS. Um local onde se recorde ao viajante o portfólio das vivências mais cativantes da sua estadia, evidenciando-lhe a imagem do agrado pela Cidade, pela Região e pelo País, tornando-o vincadamente admirador também das suas gentes, cidades, vilas e aldeias, enfim, um “embaixador” de afeição.
Alvitra-se assim que, para o Aeroporto Internacional de Faro – Almirante Gago Coutinho, seja conseguida a feliz complementaridade da modernidade oferecida, com a “oferta cultural e de boas memórias” que tanto nos dignificam, medidas que se inserem nas políticas de “sense of place” que a ANA – Aeroportos vem praticando, cabendo-lhe assim adoptar as medidas apropriadas, sejam elas espaços expositivos, painéis murais, polo museológico, ou outra qualquer forma que as técnicas e conhecimento hoje proporcionam.
O grupo de cidadãos que vem dinamizando a causa da atribuição do nome “Almirante Gago Coutinho” ao Aeroporto Internacional de Faro, a par das razões de índole histórica e do reconhecimento da obra deste génio de raízes algarvias, alicerçou a sua proposta na ideia da ainda maior projeção universal da nossa Cidade, do Algarve e do País.
Nesta conformidade, desde logo se associou a figura e a obra de Gago Coutinho como valioso tema a ofertar ao viajante, criando no aeroporto espaços expositivos/museológicos, que apresentem o Almirante como modelo das capacidades e do génio dos Portugueses, na sua vocação da construção de pontes entre diferentes povos, culturas e países, e no inestimável contributo que prestaram à humanidade nas navegações marítimas ao longo de séculos, e muito especialmente na navegação aérea, sem referências terrestres ou marítimas, método científico cuja criação se deve a Gago Coutinho.
São tais méritos que devemos com júbilo mostrar e evidenciar a quem nos visita, inserindo tal prática no citado conceito “sense of place”.
Esta é a nossa sugestão, que, naturalmente, fazemos acompanhar de disponibilidade em colaborar.
Conhecida a extensão e transversalidade dos apoios, a sua aceitação consensual e generalizada, a aprovação pelas Assembleias Municipais e as manifestações de apoio dos organismos oficiais, tomamos como adquirida a adoção do nome “Almirante Gago Coutinho” como patrono do Aeroporto Internacional de Faro e manifestamos regozijo e satisfação pelo que esta causa personifica de união de vontades. Queremos agora reiterar a nossa ideia de aliar a esta feliz e justa causa, a devida projeção universal da nossa Cidade, do Algarve e do País.
E aqui estamos, juntando a nossa voz e o nosso empenho, a bem da coesão da nossa região, a bem do respeito pela nossa história e da dignidade da nossa comunidade.