O Centro Interpretativo e Expositivo da Fortaleza de Sagres, um espaço interativo e multimédia dedicado aos Descobrimentos portugueses e à figura do Infante D. Henrique, foi inaugurado no passado domingo pela Direção Regional de Cultura do Algarve.
“Trata-se de um projeto iniciado há mais de uma década, de grande valorização do Promontório de Sagres, e um atrativo de visita a um dos monumentos mais visitados do país”, disse à agência Lusa a diretora regional de Cultura do Algarve, Adriana Nogueira.
A abertura do Centro Interpretativo e Expositivo da Fortaleza de Sagres, no concelho de Vila do Bispo, no distrito de Faro, culmina um processo iniciado em 2012 e revisto em 2018, “para serem reavaliadas algumas das partes técnicas”, notou aquela responsável.
O custo global do investimento rondou 1,5 milhões de euros, com uma comparticipação de cerca de um milhão de euros de fundos comunitários, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e dos programas de Intervenção Turística (PIT) e de Investimentos Públicos de Interesse Turístico para o Algarve (PIPITAL).
“Este investimento é uma grande valorização do monumento histórico, que é o Promontório, no ponto de vista de que as pessoas iam pela história e pelo mito de ver o espaço físico e agora têm também um Centro Interpretativo”, sublinhou Adriana Nogueira.
Instalado num edifício de dois andares, o centro acolhe no piso inferior o Centro Interpretativo, “com uma exposição permanente em várias dimensões, interativa e multimédia, desde a interpretação do território às várias pronúncias da língua portuguesa no mundo”, apontou.
“Podem ser conhecidos momentos diferentes da história daquele território, do Infante D. Henrique, a expansão do Oriente, o culto de São Vicente, mapas da época e onde também é apresentado um corte de parte de um navio com especiarias”, descreveu Adriana Nogueira.
De acordo com a diretora regional de Cultura do Algarve, trata-se, “no fundo, uma exposição multissensorial, onde há jogos de luz e se podem sentir os cheiros”.
O piso superior fica destinado a exposições temporárias, um espaço que vai ser dinamizado pelo Centro de Investigação em Artes e Comunicação da Universidade do Algarve (CIAC), com peças de arte contemporânea.
“No primeiro andar quisemos fazer uma coisa diferente, com exposições temporárias, em média com quatro a cinco meses cada, por forma a diversificarmos a oferta e aumentarmos a atratividade do espaço”, notou.
Adriana Nogueira adiantou que o espaço, que vai abrir com a exposição “Territórios Invisíveis”, de Manuel Baptista, “pretende proporcionar novas perspetivas e olhares, quer através de um conteúdo histórico, quer de um olhar mais contemporâneo”.
A Fortaleza de Sagres tem sido alvo ao longo dos anos de várias intervenções, no âmbito do projeto de requalificação e valorização do Promontório de Sagres, monumento que foi reconhecido em 2015 como Marca do Património Europeu.