O Festival Contrapeso regressa a Loulé de 30 de novembro a 03 de dezembro, para a terceira edição, com sete espetáculos de música e teatro e iniciativas com diversas temáticas, anunciou esta quarta-feira a organização.
O programa da edição deste ano, que tem como tema “Gerações”, inclui oficinas e ‘masterclasses’, abrangendo diferentes públicos e temáticas, “desde a emigração à eutanásia ou à ciganofobia, passando pelo revisitar de nomes do jazz mundial à criação de música original a partir da poesia”, indicou a organização em comunicado.
Os sete espetáculos e duas formações, que reúnem “artistas portugueses consagrados e emergentes”, vão decorrer durante quatro dias em seis espaços do concelho de Loulé.
O festival arranca no dia 30 de novembro, às 21:00, com a estreia nacional de “Selvagem”, um espetáculo de música e poesia de Carolina Santos e Marco Martins, com a participação dos músicos João Paulo Esteves da Silva e Alexandre Frazão, no Cineteatro Louletano.
No dia 01 de dezembro, no mesmo espaço, a Companhia Nariguda apresenta, às 18:00, “Adiante”, espetáculo protagonizado por palhaças que conduzem o espetador numa viagem pelas narrativas do sonho e da poética que definem a simbologia da escada.
No mesmo dia à noite, João Barradas, “um dos mais conceituados e amplamente reconhecidos acordeonistas europeus da atualidade”, apresenta um concerto a solo de acordeão jazz, no Solar da Música Nova, realçam os organizadores.
No dia seguinte, às 18:00, o grupo de teatro Oficina de Ideias das Terras do Oeste (OITO) apresenta a peça “O Infinito Estrangeiro”, na Casa da Mákina, seguindo-se às 21:00, no Solar da Música Nova, um concerto com o contrabaixista Nelson Cascais, num tributo a Charles Mingus.
Reflexão sobre anticiganismo
No quarto e último dia do Contrapeso, Ana Catarina Santos e Sílvio Vieira apresentam na Casa da Mákina, às 11:00, “Dentro3”, uma ‘performance’ para a infância que, segundo a organização, “pretende refletir sobre o gesto artístico que é ao mesmo tempo tradutor e criador das coisas indizíveis”.
Organizado pela estrutura artística Mákina de Cena, o festival termina com o espetáculo “Homo Sacer”, a nova criação da companhia Bestiário, onde a atriz e ativista Maria Gil, se junta a Teresa Vaz “para uma reflexão sobre o anticiganismo, com tanto de antropológico quanto político”.
Além dos espetáculos, o programa do Contrapeso inclui de 25 a 29 de novembro o ‘Workshop Clown’ e ‘Comicidades’, orientado por Eva Ribeiro, e uma “Masterclass Jazz” com a participação de Zé Eduardo, no dia 02 de dezembro.
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