2 de maio de 1998, uma data histórica: onze Estados-membros entraram no Euro. No dia 2 de maio de 1998, há precisamente 25 anos, o Parlamento Europeu, reunido em sessão extraordinária, aprovou a passagem à terceira fase da União Económica e Monetária, com a criação da moeda única, com base na recomendação do Conselho de Ministros da Economia e Finanças (ECOFIN).
No dia 2 de maio, numa sessão em Plenário ao sábado de manhã que se prolongou até ao início da tarde, no novo hemiciclo de Bruxelas, tivemos a honra de participar e dar parecer favorável à criação da moeda única.
Evoco e destaco o papel de Jacques Delors, um presidente da comissão europeia que marcou e impulsionou a concretização da união económica e monetária
Para todos nós que votámos a favor o momento era – e foi – de especial significado. Em representação dos cidadãos europeus, dos eleitores portugueses, estávamos a fazer acontecer mais um passo na construção europeia, europa de cultura e de identidade, desde logo com um símbolo inspirado na letra grega épsilon, o símbolo do Euro evocaria o berço da civilização europeia “E”, a primeira letra de “Europa”.
Assim, após esse parecer, a proposta de recomendação formulada pela Comissão e o relatório von WOGAU, o Conselho Europeu, numa reunião vivida com especial intensidade, já pela madrugada de dia 3 de maio, aprovou a criação do euro a partir de 1 de janeiro de 1999, com a participação de 11 Estados-membros: a Alemanha; a Áustria, a Bélgica, a Espanha, a Finlândia, a França, a Irlanda, a Itália, o Luxemburgo, os Países Baixos e Portugal.
Ao assinalar 25 anos sobre essa data emblemática na construção europeia evoco e destaco o papel de Jacques Delors, um presidente da comissão europeia que marcou e impulsionou a concretização da união económica e monetária, mas também o empenho e compromisso estratégico do então primeiro-ministro, António Guterres, colocando Portugal no núcleo inicial dos Países fundadores do Euro.
Biografia:
José Apolinário Nunes Portela nasceu em Pechão; concelho de Olhão, em 22 de julho de 1962. É casado e tem dois filhos.
Licenciado em Direito, é militante do Partido Socialista desde 1976. Foi secretário-geral da Juventude Socialista, presidente da Federação do Partido Socialista, membro da Comissão Política do Partido Socialista, e deputado à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Faro diversas vezes.
Membro da Comissão Parlamentar de Economia e Finanças, coordenador do Grupo Parlamentar do PS para os assuntos de pescas na Comissão Parlamentar de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, membro da Subcomissão de Turismo e da Assembleia Parlamentar Euro-Mediterrânica.
Entre 1993 e 98, ocupou o cargo de eurodeputado no parlamento Europeu.
José Apolinário, foi presidente da Câmara Municipal de Faro. Foi diretor-geral das Pescas e gestor do PROMAR e presidente do Conselho de Administração da Docapesca. Foi presidente da Assembleia Municipal de Faro e por duas vezes secretário de Estado das Pescas.
Em 13 de outubro de 2020 foi eleito presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.