São muitas as despesas com que os portugueses se deparam diariamente: comida, saúde, educação, mobilidade, férias, vestuário, habitação, água, luz, gás. Mas uma das maiores fatias do orçamento vai, garantidamente, para a alimentação. E ir ao supermercado é uma viagem cada vez mais cara. 222 euros é quanto custava, a 25 de outubro, comprar um cabaz com 63 produtos essenciais escolhidos pela Deco Proteste. Mais 11,30 euros (subida de 5,36%) face ao mesmo período do ano passado.
O início do conflito armado entre Rússia e Ucrânia inflacionou de forma considerável este valor, pois na véspera do início desta guerra o cabaz custava 183,63 euros (menos 38,49 euros).
Contudo, o mesmo conjunto de produtos essenciais atingiu, a 15 de março, um valor recorde de 234,84 euros, valor que pouco tempo depois começou a diminuir devido à aplicação por parte do Governo da medida IVA zero. Esta medida incidiu sobre 41 dos 63 bens do cabaz.
Azeite é o ‘rei’ dos produtos mais caros
No espaço de apenas um ano, o azeite virgem tornou-se no ‘rei’ dos produtos que mais encareceu. Segundo a Deco Proteste, o valor do azeite subiu 86%, posicionando-se agora nos 10,01 euros. Para se perceber o aumento acentuado deste produto, só na semana entre 17 e 25 de outubro passado o valor subiu 0,97 euros.
A segunda escalada mais significativa foi a do arroz carolino, cujo valor posiciona-se agora nos 1,96 euros (+ 52%), seguindo-se os douradinhos de peixe (+47%) e os cereais integrais (41%).
- Por João Tavares
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