A Animal Rescue Algarve (ARA), associação sediada no concelho de Loulé, continua a sua missão na Ucrânia. A equipa continua a acumular quilómetros por estradas degradadas e caracterizadas por um grande fluxo de trânsito, somando, assim, horas às já longas viagens.
O aumento das dificuldades para garantir rápida entrada na Polónia dos animais, resulta em animais (que fazem uma média de 12 a 24 horas de viagem para chegar à fronteira) retidos em jaulas, por tempo indefinido, sem quaisquer cuidados a nível de limpeza, higiene e saúde.
A ARA explica que “uma das voluntárias da ARA, integrada numa missão da ONG WFDSCWECV, atravessou a fronteira da Polónia com a Ucrânia. Uma vez no terreno, a equipa testemunhou uma grande necessidade de cuidados pelos animais que são forçados a serem separados dos seus donos, assim como uma maior agilização das regras, de modo que os animais ultrapassem a fronteira com a mesma rapidez que as suas famílias”.
A Animal Rescue Algarve conseguiu alugar carrinhas adicionais, aumentando assim a sua área de ação e impacto.
Na passada semana, a equipa transportou duas mulheres, uma criança de 10 anos, um homem e um cão para a França, ao cuidado de uma família de acolhimento, uma viagem de cerca de 40 horas.
Também na estrada, outra equipa da ARA conduziu mais de 15 horas para realojar animais oriundos da Ucrânia, para abrigos polacos mais longe da fronteira, visto que os abrigos mais próximos estão a ficar sobrelotados.
Os restantes membros dedicaram-se a distribuir donativos, assim como contribuíram para o desenvolvimento de um abrigo de urgência na fronteira, fundado pela organização Der beste Freund flüchtet mit (o melhor amigo foge comigo).
A ARA conta que “fez parte do processo de procuração e aluguer do espaço, um armazém que visa abrigar, tratar e realojar temporariamente animais a fugir da guerra ou seja, os animais retidos na fronteira polaca, têm finalmente um sitio onde ficar em segurança”.
A associação visitou e fez voluntariado num santuário e centro de reabilitação de animais selvagens, que devido à situação atual também está a aceitar cães e gatos que são deixados para trás pelos donos. De onde seguiu viagem para entregar donativos a duas pessoas que, em Kiev, geriam um abrigo, de onde trouxeram cerca de cinquenta animais, aquando da sua fuga.
Ambos encontram-se a residir num pequeno apartamento, com os 50 animais que resgataram e fazem viagens recorrentes ao seu antigo abrigo, para tentar resgatar o resto dos seus animais.