Não há nada melhor no verão do que sair do trabalho e saber que ainda tem mais umas horas de sol para aproveitar na esplanada junto dos seus amigos, certo? Mas e se lhe disséssemos que essa não é a única coisa positiva dos dias mais longos? E que enquanto está a aproveitar estes finais de tarde para relaxar, pode estar a lucrar ao mesmo tempo?
De acordo com a Selectra – empresa especializada na comparação de tarifas de energia – a explicação é muito simples e passa primeiramente pelo investimento em energias renováveis, como é o caso dos painéis solares. Isto porque, para além de protegerem o ambiente uma vez que evitam as emissões de CO2, estas alternativas têm ainda a vantagem de reduzirem o valor mensal da sua fatura de eletricidade. E mais: caso a sua produção seja favorável, pode ainda vender o seu excedente à rede pública!
Unidades de Produção para Autoconsumo
Tem o nome de “Unidade de Produção para Autoconsumo (UPAC)” toda a instalação de produção de energias renováveis que se destine ao autoconsumo nessa mesma morada e cuja atividade não constitua a principal função comercial ou profissional do produtor.
No entanto, e apesar de se destinar preferencialmente ao autoconsumo, existe uma percentagem de energia que se pode vender à rede pública, neste caso o excedente da produção que não está a ser imediatamente utilizado na habitação. Assim, se tiver uma instalação que se enquadre nesta categoria e caso seja do seu interesse, pode começar a investir em venda de energia solar já este verão, sendo que para isso tem primeiro de completar estes 5 passos:
1º passo: Aconselhe-se junto de uma equipa especializada e instale o equipamento na sua habitação.
2º passo: Realize em seguida o seu registo na Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), onde lhe será indicado qual o tipo de contador que deve ter.
3º passo: Contacte a E-redes com o intuito de solicitar um CPE de produtor de eletricidade.
4º passo: Pesquise quais são as empresas que estão interessadas em celebrar um contrato de venda.
5º passo: Envie os seus dados a esta parceria para começar a receber a sua verba mensal.
Não é certo o montante que irá obter pela venda de energia, uma vez que não existe uma tabela de preços fixa. Isto é, o preço terá de ser acordado entre os produtores e os compradores. Porém, pode sempre tentar rentabilizar o valor da sua produção, vendendo-a nos períodos em que existe mais procura, visto que aí o seu poder de negociação será mais elevado.
No entanto, tudo o que advir desta parceria, pode ser considerado como lucro, uma vez que estará a dar utilidade a uma percentagem de energia que não estava a ser utilizada na sua habitação. E, de acordo com a Selectra, esta é uma alternativa que está ao dispor tanto de entidades particulares como de condomínios e empresas, desde que estas tenham a capacidade de comportar a instalação de painéis solares.
Dicas para investir na compra de painéis solares
1. Tenha em atenção o perfil de consumo na sua habitação
Tem ideia de quanta energia gasta diariamente em sua casa? E de quantos painéis solares são precisos para dar resposta a este consumo? Se não tem por hábito estar atento a estas questões, o melhor será pedir aconselhamento junto de uma empresa certificada que, para além de o ajudar a perceber quantos painéis precisa, também o irá aconselhar sobre o melhor local para os instalar.
2. Escolha o equipamento pela qualidade e não pelo preço
O que é barato, pode sair caro! Na hora de adquirir o equipamento necessário, pesquise bem sobre as atuais ofertas do mercado e privilegie aquele que apresentar melhor eficiência energética e de preferência que esteja certificado pela Comissão Europeia.
3. Opte por instalar também baterias
A não ser que pretenda continuar a estar dependente da rede pública, a compra de baterias solares é essencial para conseguir ser energeticamente sustentável. Isto porque, ao armazenar o excedente elétrico que é produzido ao longo do dia, este equipamento tem a capacidade de garantir que continuará a ter acesso à eletricidade mesmo durante os períodos onde não há incidência solar direta, como é o caso do período noturno.
4. Pergunte aos seus vizinhos se estariam interessados numa UPAC colectiva
Sabia que pode repartir os custos da instalação dos painéis solares e mesmo assim beneficiar de todas vantagens deste tipo de energia? Isso mesmo! O Decreto-Lei 162/2019 veio permitir que os consumidores se agrupem e possam usufruir de uma mesma unidade de produção de energia renovável, o que pode ser uma excelente opção para todos aqueles que residam em prédios ou que não se sintam confortáveis para realizarem um investimento neste momento.
5. Informe-se sobre os apoios do Estado disponíveis
Nem sempre estão disponíveis, mas existem apoios estatais como é o caso do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, onde é possível conseguir uma comparticipação de até 85% do investimento realizado em instalações de energia renovável. No entanto, preste atenção se o equipamento terá de ser adquirido antes ou depois do pedido de apoio, uma vez que isso diverge entre programas e é um requisito obrigatório para poder receber de volta o valor do seu investimento.