A renda mediana de novos contratos de arrendamento em Portugal aumentou 10,7% no terceiro trimestre de 2024, atingindo 8,00 euros por metro quadrado, segundo dados provisórios divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Apesar do aumento nos valores, o número de novos contratos registou uma queda de 5% face ao mesmo período de 2023, totalizando 23.684 contratos.
No Algarve, a renda mediana atingiu 8,81 euros/m² no terceiro trimestre, posicionando-se entre as mais elevadas do país, atrás da Grande Lisboa (13,53 euros/m²), Região Autónoma da Madeira (10,66 euros/m²) e Península de Setúbal (10,18 euros/m²). Este valor destaca a região como uma das mais procuradas, refletindo a constante pressão do mercado imobiliário, especialmente em áreas com forte atividade turística.
Tendências nacionais e regionais
O aumento de 10,7% na renda mediana nacional foi ligeiramente inferior ao registado no trimestre anterior (11,1%). Contudo, algumas regiões verificaram uma diminuição nas rendas, como Terras de Trás-os-Montes (-7,7%), Alentejo Central (-3,4%), Região Autónoma dos Açores (-3,0%) e Baixo Alentejo (-1,8%).
Em municípios com mais de 100 mil habitantes, Lisboa apresentou a renda mediana mais elevada (16,18 euros/m²), mas com uma taxa de crescimento homóloga de apenas 3,0%. No Funchal, verificou-se o maior aumento percentual, com uma variação de 25,9%.
Impacto no mercado do Algarve
No contexto algarvio, os valores elevados refletem o impacto da forte procura habitacional e turística. A tendência de aumento das rendas poderá continuar, alimentada por uma procura consistente e pela valorização do mercado regional, especialmente nas zonas costeiras e urbanas mais procuradas.
Com estas mudanças, o mercado de arrendamento no Algarve continua a ser um desafio para os residentes locais, exigindo soluções que conciliem o crescimento económico com a acessibilidade habitacional.
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