O valor mediano de avaliação bancária para habitação em Portugal atingiu, em setembro de 2024, os 1.695 euros por metro quadrado (m2), de acordo com dados revelados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este valor representa um aumento de 10% em termos homólogos e uma subida de 1,9% face ao mês de agosto, consolidando a tendência de crescimento verificada ao longo do último ano.
Entre todas as regiões, o Algarve destacou-se como uma das áreas mais dinâmicas, registando o aumento mais expressivo em relação a agosto, com uma subida de 2,6%. Esta variação coloca a região entre as mais valorizadas do país, não só pelo acréscimo mensal, mas também pelo seu valor absoluto, que se situa nos 2.244 euros por m2 para apartamentos, apenas superado pela Grande Lisboa.
Avaliação de apartamentos no Algarve
Nos apartamentos, o valor mediano nacional de avaliação bancária fixou-se em 1.882 euros por m2, traduzindo um crescimento homólogo de 10,2%. O Algarve continua a ser uma das regiões mais procuradas e valorizadas, com um preço médio de 2.244 euros por m2, posicionando-se apenas atrás da Grande Lisboa, que apresenta o valor mais elevado de 2.497 euros por m2. Esta posição reforça a atratividade da região algarvia, que continua a beneficiar de uma forte procura e de um mercado imobiliário dinâmico.
A nível de tipologias de apartamentos, o valor mediano para os T1 situou-se nos 2.444 euros por m2, enquanto os T2 atingiram os 1.932 euros por m2, e os T3 chegaram aos 1.667 euros por m2. Estas tipologias representaram 93,2% das avaliações realizadas em setembro, refletindo a tendência de valorização contínua no segmento residencial.
Valorização das moradias no Algarve
Em relação às moradias, o valor mediano de avaliação bancária a nível nacional foi de 1.301 euros por m2, registando um aumento de 8,6% em relação ao período homólogo. O Algarve mantém-se como uma das regiões com os valores mais elevados, alcançando os 2.422 euros por m2, um resultado apenas ultrapassado pela Grande Lisboa (2.455 euros por m2). Esta valorização é um reflexo da procura crescente por imóveis na região, bem como da qualidade de vida que a mesma proporciona, especialmente para residentes nacionais e estrangeiros.
Em setembro, as moradias T2 registaram um valor de 1.333 euros por m2, as T3 subiram para 1.278 euros por m2, e as T4 desceram ligeiramente para 1.345 euros por m2. Estas tipologias corresponderam a 88,8% das avaliações de moradias realizadas durante o mês.
Algarve: atração imobiliária e perspetivas de crescimento
O Algarve, juntamente com a Grande Lisboa, a Região Autónoma da Madeira e outras regiões específicas, continua a apresentar valores de avaliação superiores à mediana nacional. Em setembro, o Algarve registou uma diferença positiva de 34,8% face à mediana nacional, consolidando o seu estatuto de uma das áreas mais valorizadas do país. Esta realidade reforça a perceção de que o mercado imobiliário algarvio, impulsionado por fatores como o turismo, o clima favorável e uma infraestrutura de qualidade, continua a ser um dos destinos de eleição para investimento em habitação.
Em contraponto, regiões como o Alto Alentejo, Beira Baixa e Alto Tâmega e Barroso registaram os valores de avaliação mais baixos em relação à mediana nacional, sublinhando as disparidades territoriais existentes no mercado habitacional em Portugal.
A tendência de valorização no Algarve e noutras regiões de destaque revela um cenário promissor para o setor imobiliário, mas também levanta questões sobre o impacto destes aumentos no custo de vida e no acesso à habitação para as populações locais.
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