As taxas Euribor desceram hoje a seis e doze meses, face a terça-feira, mas subiram a três meses para novos máximos desde janeiro de 2012.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo a seis de junho, caiu para 1,998%, menos 0,005 pontos, depois de na terça-feira se ter fixado em 2,003%, um novo máximo de desde fevereiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,837% em agosto para 1,596% em setembro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre seis de novembro de 2015 e três de junho de 2022).
Contrariamente, a Euribor a três meses, que entrou a 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, ao ser fixada em 1,363%, mais 0,023 pontos do que na terça-feira e um novo máximo desde janeiro de 2012. A taxa a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média a três meses subiu de 0,395% em agosto para 1,011% em setembro.
Por sua vez, a Euribor no prazo de 12 meses caiu hoje ao ser fixada em 2,659%, menos 0,034 pontos que na véspera, em que se situou nos 2,693%, o que representou um novo máximo desde janeiro de 2009. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde cinco de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 1,249% em agosto para 2,233% em setembro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde quatro de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
A oito de setembro, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o segundo aumento consecutivo deste ano, já que em 21 de julho, tinha subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.