A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 9,0% em agosto, face aos 9,1% de julho, estimou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com a estimativa rápida divulgada pelo instituto estatístico, “tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 9,0% em agosto (9,1% em julho)”.
Quanto ao indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 6,5% (6,2% no mês anterior), registo mais elevado desde março de 1994.
O INE estima que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos se situe nos 24,0% em agosto (taxa inferior em 7,2 pontos percentuais face ao mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá apresentado uma variação de 15,4%, que compara com 13,2% em julho.
Em agosto face ao mês anterior, a variação do IPC terá sido de -0,3% (nula em julho e -0,2% em agosto de 2021), estimando-se uma variação média nos últimos 12 meses de 5,3% (4,7% no mês anterior).
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português terá registado uma variação homóloga de 9,4% em agosto, um valor idêntico ao do mês anterior.Os dados definitivos referentes ao IPC do mês de junho de 2022 serão publicados pelo INE em 12 de setembro.
Inflação na zona euro atinge novo máximo em agosto
A inflação anual voltou a subir na zona euro em agosto, atingindo um novo máximo de 9,1%, face aos 8,9% de julho, um aumento novamente motivado sobretudo pelos preços da energia, segundo estimativa hoje publicada pelo Eurostat.
A estimativa rápida hoje divulgada pelo gabinete oficial de estatísticas da União Europeia revela que a taxa de inflação anual – medida pelo Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor – continua a subir e atinge em agosto um novo pico no espaço da moeda única, de 9,1%, duas décimas acima do valor registado no mês anterior mas que compara com 3,0% em agosto de 2021.
Analisando as principais componentes da inflação da zona euro, o serviço estatístico comunitário adianta que a energia volta a ser, de forma destacada, a que mais pesa (38,3%, contra 39,6% em julho passado), seguida da alimentação, álcool e tabaco (10,6%, contra 9,8% em julho), dos bens industriais não energéticos (5,0%, contra 4,5% em julho) e dos serviços (3,8%, contra 3,7% um mês antes).
A taxa de inflação na zona euro tem vindo a acelerar desde junho de 2021, principalmente devido à subida dos preços da energia, e a atingir valores recorde desde novembro.
Medidas de apoio às famílias vão ser aprovadas na próxima semana
Em julho, o primeiro-ministro anunciou no Parlamento que, face ao aumento dos preços e da inflação, “em setembro” o Governo iria “adotar um novo pacote de medidas para apoiar o rendimento das famílias e a atividade das empresas”.
Esta terça-feira, António Costa disse que o Conselho de Ministros extraordinário para aprovar o pacote de medidas de apoio ao rendimento das famílias face à inflação vai realiza-se na segunda-feira.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL, com Lusa