O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu luz verde à atualização do salário mínimo nacional para 2025, num aumento que eleva o rendimento mínimo mensal garantido de 820 euros para 870 euros, marcando uma subida de 50 euros. A decisão foi confirmada esta segunda-feira através de uma nota oficial publicada no site da Presidência.
“O Presidente da República promulgou o diploma do Governo que atualiza o valor da retribuição mínima mensal garantida para 2025”, lê-se na nota, citada pelo Notícias ao Minuto.
Aumento alinhado com as metas de crescimento
O decreto que formaliza esta atualização salarial foi aprovado em Conselho de Ministros no final de novembro, numa decisão que o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, classificou como um “esforço significativo para aqueles que mais precisam”. O governante destacou ainda que o aumento, embora superior às metas inicialmente previstas pelo Executivo, está alinhado com uma trajetória previamente acordada com os parceiros sociais, que prevê atingir um salário mínimo superior a 1.000 euros até 2028.
“Este é um aumento justo e importante, significativamente superior ao que tinha sido prometido pelo Governo do PS”, afirmou António Leitão Amaro, sublinhando o compromisso do Executivo em melhorar o poder de compra das famílias mais vulneráveis.
Um impacto significativo para os trabalhadores
A subida do salário mínimo insere-se numa política de incremento gradual, que visa aproximar o rendimento mínimo nacional da média europeia, numa tentativa de combater a desigualdade salarial e reduzir o risco de pobreza entre trabalhadores. Desde 2015, quando o salário mínimo se fixava em 505 euros, os aumentos têm ocorrido anualmente, refletindo o compromisso do Governo com a melhoria das condições de vida.
Embora o aumento seja bem recebido por muitos, continuam a existir debates entre as diferentes partes interessadas. Por um lado, os sindicatos consideram que a subida de 50 euros é um passo na direção certa, mas defendem que é necessário acelerar o ritmo para responder aos aumentos no custo de vida. Por outro, as confederações empresariais alertam para o impacto que os crescentes custos salariais poderão ter na sustentabilidade de algumas empresas, sobretudo nos setores mais afetados pela crise económica.
Salário mínimo: um olhar para o futuro
Com este aumento, o salário mínimo nacional para 2025 dá mais um passo rumo ao objetivo traçado pelo Governo para atingir os 1.000 euros até 2028. Contudo, o sucesso desta política dependerá da capacidade de equilíbrio entre as necessidades dos trabalhadores e as exigências das empresas, num cenário económico que continua a ser marcado por incertezas.
Marcelo Rebelo de Sousa, ao promulgar este diploma, reafirma o apoio às políticas que visam melhorar a vida das famílias portuguesas, num momento em que o país enfrenta desafios no combate à inflação e no aumento do custo de bens essenciais.
Para os cerca de 900 mil trabalhadores que recebem o salário mínimo, esta atualização representa um aumento do rendimento disponível, uma ajuda especialmente relevante numa altura em que o orçamento familiar enfrenta pressão acrescida. Resta agora acompanhar como este aumento será sentido no dia a dia e no panorama económico nacional ao longo de 2025.
Leia também: Conheça as pensões que não estarão abrangidas pelo aumento extraordinário de 1,25% em 2025