“Nós não podemos pedir às empresas o que elas não podem pagar”, afirmou António Costa Silva em entrevista ao Negócios e à Antena 1.
O ministro da Economia e do Mar considera importante o aumento dos salários, em especial no contexto de inflação que vivemos, mas acredita que as empresas terão de ter algo em troca para que cedam a dar esse aumento aos trabalhadores. “Temos de criar condições para libertar as empresas de alguns contrangimentos, disse o governante. Uma das formas para se tornarem mais competitivas poderia ser dar-lhes benefícios fiscais, nomeadamente ao nível do IRC.
“Acho que estaremos em condições para o fazer. Pelo menos, na Concertação Social, estamos a tentar um acordo para a competitividade e para os rendimentos”, adiantou também António Costa e Silva, que, sem discordar do Primeiro Ministro, António Costa, quando num encontro com jovens, defendeu ser necessário um aumento de 20% do salário médio até 2026 – e foi criticado pelos “patrões” -, Costa e Silva defendeu como “cruciais” medidas de suporte ao desenvolvimento das empresas.
Já acerca da possibilidade de tributação das grandes empresas da energia e da banca pelos lucros extraordinários obtidos, Costa e Silva diz que é ainda necessário estudar a medida para se entender se é viável aplicá-la no próximo Orçamento do Estado.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL