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Foi aprovada esta quarta-feira, em reunião camarária, a fiscalidade para o ano de 2017 no município de Loulé. As taxas fixadas para o ano que se avizinha são marcadas por uma acentuada redução, nomeadamente no que diz respeito ao IMI, que irá atingir o mínimo histórico no concelho.
Na senda do que estava previsto, haverá uma redução de 25% no IMI em relação a 2013, o primeiro ano do presente mandato, fixando-se agora a taxa em 0,3% para aplicação no ano de 2017 respeitante aos impostos referentes ao ano de 2016, sendo esta a percentagem de redução máxima permitida por lei.
Também com o objectivo de combater a desertificação do interior e atrair população a estas zonas, numa lógica de “diferenciação positiva”, a Câmara de Loulé aprovou a minoração da taxa de IMI em 30% nas freguesias de Alte, Ameixial, Salir e União de Freguesias Querença, Tôr e Benafim, onerando em menor grau quem se queira instalar nestas áreas territoriais.
Por outro lado, e uma vez que o Orçamento de Estado para 2016 continuou com a possibilidade de os municípios aplicarem uma redução na taxa de IMI para as famílias com dependentes e com residência fiscal no Concelho, nos casos de imóvel destinado à habitação própria e permanente, foi deliberado pela Câmara fixar a redução de 20, 40 e 70 euros, consoante exista um, dois, três ou mais dependentes, respectivamente. Para os responsáveis do município louletano, esta medida vai ao encontro das políticas de apoio às famílias que têm sido seguidas.
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Relativamente ao IRS, a autarquia vai prescindir de metade do valor que cabe ao município, fixando a taxa em 2,5%. “Desta forma, os responsáveis camarários acreditam que será possível partilhar com os munícipes parte dos bons resultados conseguidos nestes anos de gestão autárquica”, refere a Câmara louletana.
Finalmente, sobre a derrama, taxa aplicada sobre o lucro das empresas, a Câmara de Loulé vai extingui-la por forma a atrair mais investimento para o concelho e dando um sinal positivo aos empresários, pretendendo desta forma estimular a criação de mais emprego neste município.
Todas estas reduções na fiscalidade a aplicar no ano de 2017 significam um valor estimado em 10 milhões de euros de receitas das quais a edilidade irá prescindir em benefício dos seus munícipes.
“O esforço na contenção da despesa e a evolução favorável da receita permitem recuperar a autonomia municipal na área da fiscalidade e assim reduzir a carga fiscal sobre os munícipes”, salientam os responsáveis camarários.