A Galp registou, em 2022, lucros de 881 milhões de euros, quase o dobro do que obteve no ano anterior, de acordo com um comunicado hoje publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Este valor compara com os 457 milhões de euros que a Galp tinha registado em 2021.
A petrolífera atingiu um EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) no ano passado de 3.849 milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 66% em termos homólogos, segundo o comunicado.
O ‘capex’ (investimento) liquido atingiu os 1.266 milhões de euros, tendo sido “sobretudo aplicado em projetos ‘upstream’, nomeadamente na manutenção [dos projetos de] Bacalhau, Tupi e Iracema, no Brasil, e com a expansão do portfólio de renováveis, incluindo a aquisição da posição na Titan Solar”, destaca a informação.
Segundo o Expresso, “a Galp não fez nenhuma projeção para o resultado líquido que espera obter em 2023, ano que será marcado pela saída da produção petrolífera em Angola, por via da venda dos ativos que hoje a Galp detém à angolana Somoil, por quase 800 milhões de euros. O negócio foi anunciado esta segunda-feira e deverá estar concluído no segundo semestre deste ano”.
A produção líquida da Galp em Angola em 2022 foi de em média 10,4 mil barris por dia, menos 6% do que no ano anterior, e menos de um décimo da produção da empresa portuguesa, com o Brasil destacado, com 114,6 mil barris por dia.