Estão a finalizar-se os preparativos para a realização da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), a maior feira do turismo português, que esteve dois anos suspensa devido à pandemia de covid-19, e este ano promete um regresso em força, assumindo a “ambição de promover a retoma rápida do sector do turismo”.
Organizada pela Fundação AIP, a BTL vai abrir na FIL (Parque das Nações) a 16 de março, para profissionais, decorrendo a abertura ao público em geral a partir de 18 de março (sexta-feira) às 17 horas, o que se prolonga pelo fim-de-semana, 19 e 20 de março, das 12h às 23h.
Nesta edição de 2022 da BTL, vão estar representados 60 destinos internacionais, e segundo a organização não se verificaram até ao momento cancelamentos de participantes internacionais ou outros impactos associados à guerra que se vive na Europa. Como a Rússia não costumava estar institucionalmente representada na feira de turismo em Lisboa, o que também é o caso da Ucrânia, também não houve necessidade de reformular pavilhões neste evento na FIL.
A República Dominicana é o destino internacional convidado na feira de Lisboa, com cerca de 1400 expositores e que costuma movimentar mais de 70 mil visitantes, dos quais 35 mil são profissionais.
Num ano em que se prevê a recuperação do turismo e o levantar das restrições de viagens decorrentes da pandemia, uma dos focos principais da BTL está nos ‘hosted buyers’ (compradores internacionais), com espaços próprios para poderem negociar diretamente com as empresas portuguesas representadas na feira. O programa em 2022 está a ser organizado pelo Turismo de Portugal e a TAP.
Promover os sete geoparques portugueses, e de forma mais alargada o turismo de natureza ou associado à produção de vinhos, são outras das principais apostas da BTL – que também inclui um ciclo de conferências a 17 e 18 de março, centradas em temas como as tendências a nível de inovação e estratégia digital, a par de um turismo mais ‘verde’ e com menos impactos ambientais.
Afirmar o Algarve como “um destino multiprodutos” além do sol e mar
O Algarve vai apresentar-se este ano na BTL, no Pavilhão 1 da FIL, com um “stand mais tecnológico”, totalizando 700 metros quadrados, e com a novidade de promover o “turismo industrial”, estando de momento a estruturar a oferta que a região tem nesta área. “Exemplos práticos desta oferta são a mina de sal-gema de Loulé, a produção e transformação de cortiça em São Brás de Alportel, a produção de conservas em Lagoa ou o olivoturismo em Olhão”, explicita a Região de Turismo do Algarve, enfatizando o objetivo de afirmar a região como “um destino multiprodutos” além do sol e mar.
O stand do Algarve terá ainda “apontamentos tecnológicos” como uma mesa interativa com ofertas turísticas dos vários concelhos da região, ou um “dispositivo com efeitos holográficos que tornam o ambiente mais acolhedor”, além de um programa de animação nos vários dias de feira com provas de vinhos, de gastronomia ou mostras de artes e ofícios tradicionais. Para a Região de Turismo do Algarve, “este ano já há sinais claros de recuperação”, havendo de momento “bons níveis de reservas para os próximos meses, muito próximos dos de 2019, o melhor ano turístico de sempre”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL