A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve divulgou este domingo a edição nº 13 do boletim “Números em Destaque”, dedicada ao comércio internacional de bens na região. Embora o Algarve seja tradicionalmente conhecido pelas suas exportações de serviços, particularmente no setor do turismo, o relatório revela dados importantes sobre as exportações de bens, que totalizaram 292,7 milhões de euros em 2023, uma descida de 13,6% em relação ao ano anterior.
As exportações regionais têm como principal destino a União Europeia, representando 88% do total, com Espanha a destacar-se como o maior mercado, recebendo 38% das mercadorias. A maioria dos bens exportados (68%) são produtos primários, ou seja, mercadorias não transformadas.
Entre os produtos mais exportados estão:
- Produtos do reino vegetal, como frutas (principalmente citrinos), que somaram 107,5 milhões de euros (36,7% das exportações).
- Produtos da pesca e aquacultura, como peixes, crustáceos e moluscos, que alcançaram 33,7 milhões de euros (11,5%).
- Animais vivos e produtos do reino animal, com quase 14% do total exportado.
Outros bens relevantes incluem máquinas, aparelhos elétricos e materiais de transporte, que juntos representam uma parcela significativa das exportações.
Tecnologia e impacto económico
Os bens de alta tecnologia correspondem a 5,2% das exportações, valor alinhado com a média nacional. Apesar disso, a intensidade exportadora da região continua reduzida, representando apenas 0,38% das exportações nacionais e 2,2% do PIB regional.
Para estimular a internacionalização das empresas, o Programa Operacional do Algarve 2014-2020 financiou 157 projetos, totalizando um investimento de 22,5 milhões de euros, com comparticipação FEDER de 12,5 milhões. No futuro, o Programa Regional Algarve 2030 prevê um financiamento de 32 milhões de euros para apoiar a qualificação e exportação das empresas regionais.
A diversificação económica, através da expansão das exportações de bens, é um passo essencial para fortalecer a economia regional e reduzir a dependência do setor do turismo.
Para mais informações, consulte o boletim completo no portal da CCDR Algarve.
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