Com a chegada do final do ano, muitos consumidores enfrentam o acerto de contas na fatura de eletricidade, ajustando as diferenças entre o consumo real e os valores pagos ao longo do ano. Este processo pode resultar em cobranças inesperadas, levantando a dúvida: estará a pagar mais eletricidade do que deveria?
O acerto anual ocorre para corrigir discrepâncias entre as estimativas de consumo feitas pela comercializadora e o consumo efetivo registado no contador, explica a Compara Já. Quando as estimativas superam o consumo real, o consumidor tem direito a um crédito na fatura. No entanto, se o consumo foi superior ao estimado, a diferença será cobrada no acerto.
Como evitar pagamentos excessivos?
Para evitar surpresas no final do ano, há algumas medidas importantes que podem ser adotadas:
- Conferir as leituras do contador: compare as leituras apresentadas na fatura com os números reais do seu contador. Este cuidado simples ajuda a verificar se os cálculos estão corretos.
- Evitar estimativas: enviar regularmente as leituras do contador na data indicada pela comercializadora é fundamental. Dessa forma, o valor faturado mensalmente reflete o consumo real, minimizando a necessidade de acertos significativos.
- Calcular o consumo anual: some as leituras reais ao longo do ano e compare com o consumo total indicado no acerto de contas. Qualquer diferença substancial deve ser esclarecida com a empresa.
- Verificar tarifas e encargos: confirme se os valores aplicados na fatura correspondem ao que foi contratado. Alterações ou cobranças indevidas podem impactar o acerto.
O que fazer em caso de discrepâncias?
Se os valores do acerto não forem consistentes com o consumo real, entre em contacto com a comercializadora para esclarecimentos. Guarde registos das leituras, faturas e comunicações, pois poderão ser necessários caso tenha de contestar os valores junto da empresa ou da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
Exemplo prático
O Licínio pagou uma média de 50 euros mensais de eletricidade ao longo do ano e recebeu uma fatura de acerto com 120 euros adicionais. Após calcular o consumo real do seu contador, identificou que já tinha pago quase todo o consumo e que o valor apresentado no acerto era incorreto. Com os dados em mãos, contactou a comercializadora para corrigir a situação.
Evitar pagamentos indevidos exige atenção e proatividade. Monitorizar o consumo, enviar leituras regulares e verificar os acertos com cuidado são passos essenciais para garantir que apenas pague o que realmente consumiu.
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