O presidente da Tesla, Elon Musk, vendeu ações da sua empresa por 6.500 milhões de dólares (6.363 milhões de euros) em três dias, segundo documentos divulgados na terça-feira pelo regulador norte-americano.
Nos dias 5, 8 e 9 de agosto, o multimilionário vendeu mais de 7,5 milhões de ações da Tesla, no valor de mercado total aproximado de 6.500 milhões de dólares, por razões até ao momento desconhecidas.
Apesar desta alienação, o gestor sul-africano continua a deter 155 milhões de ações da fabricante de veículos elétricos em seu poder, com um valor de mercado de 131.000 milhões de dólares (128.249 milhões de euros, à taxa de câmbio atual), de acordo com o fecho da sessão bolsista de terça-feira.
No passado fim de semana, Elon Musk afirmou que o acordo de 44.000 milhões de dólares (43.076 milhões de dólares) para a compra do Twitter, que rompeu no início de julho, poderia ser concretizado se a rede social fornecesse detalhes sobre como estima o número de contas falsas (‘bots’) ou de ‘spam’.
Se o Twitter simplesmente mostrar o seu método de amostragem de 100 contas e como elas são confirmadas como reais, o acordo deve continuar nos seus termos originais.
O empresário, entretanto, referiu que se, pelo contrário, for demonstrado que a informação prestada pelo Twitter aos reguladores é falsa, a operação não poderá concretizar-se conforme o acordado.
Elon Musk tinha comunicado no início de julho a sua intenção de cancelar a compra da empresa de tecnologia, acordada entre as duas partes por 44.000 milhões, ao que a rede social respondeu com um ação num tribunal especializado em disputas comerciais para forçá-lo a concluir a operação.
O argumento do responsável da Tesla é que a rede social não entregou os números sobre contas falsas que ele pediu, embora o Twitter tenha assegurado que isso é apenas um pretexto para evitar concluir a operação, que a cada dia se torna menos atrativa devido à desvalorização das ações da empresa e à perda dos ativos de Elon Musk resultante da queda na bolsa.
O julgamento para resolver este diferendo tem início em 17 de outubro, a menos que ambas as partes cheguem a um acordo sobre outro desfecho, de acordo com documentos do caso tornados agora públicos.
A administração do Twitter convidou os seus acionistas a votar sobre a compra em 13 de setembro e pediu para darem ‘luz verde’ sobre a operação como último passo para concluí-la, embora reconheça que também depende do “litígio pendente” com o milionário.