O cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO continua a apresentar variações significativas de preço, com aumento. Após um leve recuo nas semanas anteriores, os custos voltaram a subir, registando um valor de 227,97 euros esta quarta-feira, o que representa um aumento de 1 euro (+0,44%) em comparação com a semana anterior.
Embora o valor atual do cabaz seja 8,07 euros inferior ao registado no início de 2024, a comparação com o ano passado revela uma subida de 7,43 euros. A situação é ainda mais alarmante quando analisamos os preços desde o início da guerra na Ucrânia, com um aumento de 44,34 euros.
Na última semana, de 3 a 9 de outubro, alguns produtos destacaram-se pelos seus aumentos acentuados. A curgete lidera a lista com uma subida impressionante de 26%, seguida pelo feijão manteiga e cereais integrais, ambos com um aumento de 12%. Outros produtos que também subiram de preço incluem carapau (10%), atum em posta de azeite (8%) e maçã golden (8%).
Desde o início do conflito na Ucrânia, as categorias que mais sofreram aumentos percentuais foram a mercearia, com um incremento de 30,61% (+12,90 euros), e o peixe, que viu os seus preços aumentar em 26,13% (+15,76 euros).
Quando analisamos a evolução dos preços ao longo do último ano, a curgete continua a ser a campeã dos aumentos, com uma escalada de 41%. O atum em posta de azeite e a dourada seguem com aumentos de 29% e 25%, respetivamente. Outros produtos que se destacam nas subidas de preços são o bacalhau graúdo (21%), carapau (20%) e iogurte líquido (17%).
Os efeitos da guerra na Ucrânia são inegáveis: a pescada fresca já aumentou 108% desde o início do conflito, enquanto o azeite virgem extra disparou 102%. O arroz carolino, por sua vez, registou uma subida de 63%.
Este cenário de aumento constante de preço coloca em evidência a necessidade de os consumidores estarem atentos e a adotarem estratégias de poupança, enquanto se aguardam medidas que possam mitigar a pressão inflacionária sobre os bens essenciais.
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