O aumento dos custos com matérias-primas, logística, energia e mão de obra tem vindo a afetar o preço final de várias empreitadas, mas as construtoras nacionais não estão a conseguir obter essa compensação. De acordo com o “Jornal de Negócios”, há agora uma dificuldade na aprovação de muitos dos pedidos de reequilíbrio financeiro dos contratos que têm apresentado aos municípios e a outras entidades adjudicantes. Esta dificuldade na renegociação está a provocar problemas de tesouraria e mesmo prejuízos, levando à paragem de obras.
A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) já alertou o Governo para o problema, solicitando uma reunião ao Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção (IMPIC) por estar “atenta e preocupada” com a situação, disse fonte da entidade. Os municípios representam mais de metade da contratação pública, sendo que o problema também afeta entidades tuteladas pelo Estado.
“Existe o problema de se começarem a abandonar obras e de as empresas deixarem de participar em concursos públicos, com medo dos aumentos”, explicita o presidente do conselho científico do Observatório das Autarquias Locais (OAL), Bartolomeu de Noronha.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL