Por toda a Europa assistimos a uma crise na habitação. Contudo, há países e cidades mais afetadas que outras relativamente ao valor das rendas. E Portugal está, claramente, entre os mais afetados por esta especulação imobiliária.
De acordo com o índice Carrie Bradshaw, do The Economist, Lisboa é a terceira cidade europeia com maior disparidade entre rendas e salários. A capital portuguesa é apenas ultrapassada por Budapeste e Praga, que são, respetivamente, a primeira e segunda cidades europeias com rendas mais elevadas.
Mas o que é este índice? Trata-se de uma medida de acessibilidade, criada no ano passado, para arrendar sozinho nas maiores cidades norte-americanas, e que foi baseada na personagem de mesmo nome, Carrie Bradshaw, da série O Sexo e a Cidade.
“Este ano enviamos Carrie para a Europa, em busca de uma aventura e, talvez, de um melhor negócio de arrendamento”, lê-se no The Economist, no artigo que divulga os resultados das cidades europeias mais caras para arrendar casa.
No que se refere ao mercado de arrendamento para quem opta por viver sozinho, este índice demonstra que um cidadão não deve usar mais de 30 por cento do seu rendimento bruto para pagar a renda de casa. E nos dados recolhidos, tal como já referido, Budapeste é mesmo a cidade mais cara para uma “vida a solo”.
A Hungria teve a taxa de inflação mais elevada da União Europeia durante o ano passado, com os custos de arrendamento na sua capital a aumentar 19% em relação a 2022. Em Lisboa, que fecha o pódio deste ranking, o grande influxo de nómadas digitais pode ajudar a explicar estas grandes disparidades entre rendas e salários.
Além de Budapeste, Praga e Lisboa, a lista de cidades mais caras segue, por ordem descendente, com a presença de cidades como Zagreb, Dublin, Londres, Bratislava, Riga, Estocolmo, Sofia, Tallinn, Atenas, Bucareste, Madrid, Ankara, Munique, Varsóvia, Paris, Copenhaga, Ljubljana, Genebra, Reykjavik e Roma.
Quanto às cidades mais baratas para se arrendar casa, destaque para a Alemanha que tem três cidades na lista, uma delas Bonn, em que o salário médio de 49 mil euros supera muito os 33 mil necessários para o arrendamento.
A lista de cidades europeias mais baratas começa com Bonn e segue, por ordem ascendente, com Bern, Karlsruhe, Lyon, Bruxelas, Haia, Helsínquia, Viena, Luxemburgo, Oslo, Berlim e Reading.
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