O valor mediano da avaliação bancária da habitação em julho foi de 1417 euros por metro quadrado, subindo 0,7%, ou 10 euros, em relação ao mês anterior e aumentando 16,1% face ao valor homólogo, divulgou esta terça-feira, 30 de agosto, o Instituto Nacional de Estatística (INE). Em junho, a variação homóloga fora de 15,8%.
O número de avaliações bancárias caiu 6% face a julho do ano passado, cifrando-se nas 29 mil, das quais 18.313 foram apartamentos e 10.322 moradias.
Face ao mês anterior, e por região, o maior aumento verificou-se na Região Autónoma dos Açores, com 1,9%, ao passo que a maior descida foi no Alentejo, com 0,2%.
Em relação ao mês homólogo, a região com a maior subida no valor mediano da avaliação bancária das casas foi o Algarve, com 18,7%, ao passo que a menor subida registou-se na Região Autónoma dos Açores, com 8,1%.
Nos apartamentos, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi, em julho, de 1575 euros por metro quadrado, um crescimento homólogo de 16,7%.
O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa registaram os valores por metro quadrado mais altos, com 1887 euros e 1881 euros, respetivamente, ao passo que no Alentejo verificou-se o valor mais baixo, com 1008 euros.
Na tipologia dos apartamentos, “o Algarve apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (17,9%), tendo a Região Autónoma da Madeira apresentado o menor (11,5%)”, segundo o INE, ao passo que na comparação em cadeia “o valor de avaliação subiu 0,8%, observando-se a maior no Alentejo (1,8%). A única descida verificou-se no Algarve (-0,1%)”.
Nas tipologias T2 e T3, que representaram 78,5% das avaliações de apartamentos realizadas em julho, o valor mediano das avaliações aumentou 13 euros para os 1580 euros; e 6 euros para os 1404 euros, respetivamente.
Nas moradias, em julho, o valor mediano da avaliação bancária ficou-se nos 1129 euros por metro quadrado, mais 13,1% face ao mês homólogo. Em cadeia, o valor de avaliação aumentou 0,6%.
Segundo o INE, “os valores mais elevados observaram-se no Algarve (1994 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1897 euros/m2), tendo o Alentejo e o Centro registado os valores mais baixos (911 euros/m2 e 912 euros/m2, respetivamente)”.
Também nesta tipologia foi no Algarve que os preços mais subiram face ao mesmo mês do ano passado, com uma variação positiva de 22,5%, ao passo que na Região Autónoma dos Açores registou-se o menor crescimento homólogo, de 8,3%.
Face ao mês anterior, “o Algarve apresentou o crescimento mais acentuado (3,5%), tendo-se verificado a maior descida no Alentejo (-1,1%).”
“De acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária, em julho de 2022, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação 34,7%, 32,9% e 6,9%, respetivamente, superiores à mediana do país. Beiras e Serra da Estrela foi a região que apresentou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-49,3%)”, especifica o INE.
O valor mediano é o valor no meio de todas as avaliações bancárias em consideração, que separa o conjunto de valores mais baixos do conjunto de valores mais altos. Oferece um retrato mais fiável das tendências dos preços no imobiliário do que a média, já que esta última pode ser distorcida por avaliações muito altas ou muito baixas.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL