A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu quase dez toneladas de géneros alimentares de origem animal, na sequência de ações de fiscalização, tendo encerrado um entreposto frigorífico, anunciou hoje a entidade.
Em comunicado, a ASAE dá conta de que realizou duas operações de fiscalização a entrepostos frigoríficos, no distrito de Braga e em Mondim de Basto, através da Unidade Regional do Norte – Unidade Operacional de Mirandela.
“No que se refere ao entreposto situado em Mondim de Basto, foram apreendidas cerca de oito toneladas de produtos de origem animal com suspensão da atividade por falta do número de controlo veterinário e falta de licenciamento”, lê-se no comunicado.
No entreposto de Braga, a ASAE apreendeu 1.780 quilos de géneros alimentares de origem animal, “por falta de requisitos e rastreabilidade”.
Depois de terem sido submetidos a perícias, 880 quilos foram considerados “anormais avariados pelo facto de apresentarem notória formação de cristais de gelo na sua superfície, desidratação e descoloração, provocados pela exposição ao frio, sendo que a generalidade tinha ultrapassado a data-limite de consumo”.
Segundo a ASAE, o operador económico recondicionava os produtos sem licenciamento, alterando as condições de conservação, passando de fresco para congelado e colocando novas etiquetas nos produtos para alterar as datas limite de consumo, algo que “colocava em causa a rastreabilidade e condição dos produtos”.
Além disso, a ASAE apreendeu material de etiquetagem usado para rotular irregularmente os produtos, “estimando-se um valor global da apreensão em 58 mil euros”.
A ASAE relembra que “enquanto órgão de polícia criminal e autoridade de fiscalização de mercado, executa, diariamente, operações para verificação do cumprimento da regulamentação vigente. No contexto atual, a incidência de fiscalização manter-se-á necessariamente intensificada nas matérias relacionadas com a situação inerente à pandemia de COVID-19, bem como todas as que se manifestam relevantes no âmbito da segurança alimentar e económica”.