Os apoios extraordinários para mitigar o efeito da inflação, prometidos pelo Governo no mês passado, já chegaram a mais de 3,8 milhões de portugueses, disse o ministro das Finanças, Fernando Medina, na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças (COF), realizada esta sexta-feira, no âmbito do debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023.
“Este mês, e na sequencia dos apoios aprovados, o Governo fez já chegar 1123 milhões de euros a mais de 3,8 milhões de portugueses, dos quais 420 mil crianças”, disse o governante.
Em causa está o apoio de 125 euros, que começou a chegar aos portugueses na quinta-feira, mas não só. Medina referia-se também ao apoio ‘extra’ de 50 euros, por cada dependente até aos 24 anos, bem como ao apoio de reforço das pensões que acrescenta 50% ao valor da pensão de outubro.
Na segunda-feira mais portugueses irão receber o apoio e, segundo o ministro, o processo ficará concluído “nas próximas semanas”.
O apoio extraordinário a titulares de rendimentos (que não de pensões), no valor de 125 euros, começou a ser pago na quinta-feira pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), abrangendo pessoas com rendimentos anuais brutos até 37.800 euros na declaração de IRS de 2021 e residentes em Portugal.
Quem tenha dependentes até aos 24 anos (ou sem limite de idade no caso dos dependentes por incapacidade), recebe, além dos 125 euros, um apoio extra de 50 euros por filho.
Quem recebe prestações sociais da Segurança Social recebe por este meio o apoio, em vez de pelas Finanças. A Segurança Social vai transferir o dinheiro na segunda-feira.
Mais de dois milhões de pensionistas receberam, nem a meio do mês, o suplemento extraordinário na pensão. E, mais recentemente, na quarta-feira, quase meio milhão de pensionistas da Caixa Geral de Aposentações receberam este mesmo reforço.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL